Da sessão deste ano destaque para uma homenagem especial às enfermeiras pára-quedistas, que desempenharam um papel fundamental nos palcos de guerra da Guiné, Angola e Moçambique, além da Índia e Timor.
Pioneiras no seu tempo e antecipando em 30 anos o ingresso das mulheres portuguesas nas forças armadas, foram 46 as enfermeiras que, a partir de 1961 e até ao final da guerra do ultramar, voluntariamente trataram e acompanharam os militares feridos em locais onde “até Deus parecia estar ausente”, como frisou o Coronel José Aparício na sua intervenção.
No final da cerimónia, abrilhantada pela Banda Filarmónica da Guarda Nacional Republicana, um helicóptero Halouette III sobrevoou o local, seguindo-se o Hino Nacional cantado por crianças da Casa Pia de Lisboa, acompanhado por 19 salvas de tiro.
Anjos descidos do Céu
A ideia de formar o corpo de enfermeiras pára-quedistas português, criado em 1961, partiu de Isabel Rilvas, primeira pára-quedista portuguesa. Antes de partirem para as zonas de combate as candidatas recebiam dois meses de instrução em Tancos onde praticavam saltos, recebiam treino militar e aprendiam a usar armas.
Fazia parte das suas funções assistir feridos nos locais de combate e estavam debaixo de fogo com muita frequência. Efectuaram centenas de evacuações aéreas entre as ex- províncias ultramarinas e a metrópole, dentro do próprio território africano para os hospitais e também de Goa e de Timor, acompanhando os feridos de guerra, doentes, familiares e crianças. A sua acção era prestada aos três ramos das Forças Armadas, bem como aos civis. (CML)
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