10 de junho de 2015

GNR exige direitos iguais aos da PSP

No dia em que a ministra da Administração Interna, Anabela Rodrigues, assinou um memorando de entendimento com os dois principais sindicatos da PSP, começou a ouvir a GNR. Mas as propostas não agradaram às estruturas sindicais, que ameaçam seguir com acções de contestação. "Aquilo que nos foi apresentado na segunda-feira não serve a GNR e por isso não aceitamos. Já temos uma reunião marcada para o próximo dia 23 para prosseguir a negociação", disse ontem ao CM César Nogueira, presidente da Associação dos Profissionais da Guarda. 

Anabela Rodrigues propôs um horário de trabalho de 40 horas semanais para os militares da GNR. No que toca a promoções, a ministra entende que com a entrada em vigor do novo estatuto cabe aos superiores hierárquicos o poder de decidir as promoções. No que diz respeito a férias, a proposta reduz de 25 para 22 dias. 

Estas propostas foram também apresentadas à Associação Nacional de Guardas, liderada por Virgílio Ministro, que considera que "o documento promove a desigualdade com a PSP, atropela direitos constitucionais e contém medidas antidemocráticas". A associação acrescenta que os sindicatos podem reunir-se em breve e decidir formas de luta para contestar o estatuto apresentado para a GNR. 

Recorde-se que segunda-feira os dois principais sindicatos da PSP assinaram um memorando de entendimento com o Governo – as 40 horas semanais passaram para 36 e embora o ministério mantenha a intenção de manter os 22 dias de férias, os sindicatos conseguiram que fossem atribuídos três dias extra a título de desempenho aos polícias que tenham avaliação positiva. A par disto, houve acordo quanto à criação de uma tabela remuneratória que vai permitir um aumento de 50 euros. (CM)

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