6 de abril de 2016

Organização 'Terra Justa' recorda o papel das mulheres paraquedistas

O Corpo de Enfermeiras Para-quedistas, criado em 1961 pela Força Aérea Portuguesa, é hoje homenageado em Fafe. Durante 14 anos, 46 mulheres portuguesas estiveram directamente envolvidas na guerra do Ultramar, em inúmeras missões de recuperação e evacuação de feridos no campo de batalha, em cenários como Angola, Guiné-Bissau e Moçambique. 

O ‘Terra Justa – Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade’, que decorre até sábado, dedica o dia de hoje a estas mulheres que prestaram serviço na guerra. 

Conversas de café, saltos de para-quedas, a inauguração de uma exposição e uma conferência dedicada a este grupo de enfermeiras vão preencher o dia de hoje, que a autarquia quer que seja de "memória e tributo". "É uma homenagem mais do que merecida", diz Raúl Cunha, presidente da Câmara de Fafe, que, pelo segundo ano, se torna na ‘capital das causas’. 

Especialmente dedicado aos refugiados, o ‘Terra Justa’ deste ano reserva o dia de hoje às profissionais que socorreram as populações civis afectadas pela guerra colonial, assim como os militares portugueses que ficaram feridos durante o combate. 

Rosa Serra, uma das enfermeiras que integrou o grupo, participa, às 10h30, numa conversa num café da cidade, sobre ‘Gente que trata gente – activismo humanitário’. Durante a tarde será inaugurada a exposição ‘Gente que tratou gente – Enfermeiras Para-quedistas Portuguesas’, apresentada pelo tenente-general José Ferreira Pinto, no Arquivo Municipal de Fafe. 

O programa fecha com a conferência ‘Memória e Tributo – Enfermeiras Para-quedistas Portuguesas’, no Teatro Cinema, com a participação de duas das enfermeiras para-quedistas, Rosa Serra e Maria Arminda. Na conferência será apresentado o livro ‘Enfermeiras Para-quedistas’, de Vítor Raquel. (CM)

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