O processo de substituição dos aviões de transporte da Força Aérea deu mais um passo esta quinta-feira, 27 de Junho, com a publicação da Resolução do Conselho de Ministros que autoriza o início de negociações com a Embraer com vista a aquisição de cinco aeronaves KC-390, com opção de mais uma, e um simulador de voo.
Com a abertura de negociações, o Governo procura reforçar “as actuais capacidades de transporte aéreo, de busca e salvamento, evacuações sanitárias e apoio a cidadãos nacionais, nomeadamente entre o Continente e os Arquipélagos” e ainda “as capacidades adicionais de reabastecimento em voo e de combate a incêndios florestais, o que possibilita que Portugal disponha de aeronaves com funções de duplo uso (civil e militar), que respondem a necessidades permanentes do país”, como se pode ler no documento.
As negociações serão dirigidas pelo Ministro da Defesa, tendo como apoio uma equipa intergovernamental constituída por representantes nomeados pelo Ministro das Finanças, pelo Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e pelo Ministro da Economia. O grupo de trabalho tem 3 meses para apresentar ao Ministro da Defesa Nacional um relatório detalhado que identifique todos os aspectos relevantes e necessários à introdução das aeronaves KC-390 na Força Aérea com o objectivo de se atingir a Capacidade Operacional Inicial até ao final de 2021.
Portugal contribuiu nas fases de concepção, engenharia e produção deste avião, nomeadamente através da parceria com a Força Aérea. O Ministro da Defesa Nacional tem referido que o KC-390 “é um dos casos em que há uma relação extremamente virtuosa entre um investimento público para atração e capacitação nacional”, que levou à “criação de um cluster aeronáutico que Portugal não tinha, numa área tecnológica de concorrência feroz”.
Portugal, a par da República Federativa do Brasil, é um dos principais parceiros do programa cooperativo de desenvolvimento e produção do KC-390. A importância estratégica que a indústria aeronáutica pode desempenhar no desenvolvimento económico nacional, enquanto indústria de elevado valor acrescentado, com capacidade para estimular e valorizar o investimento em inovação, dinamizar a criação de redes de empresas de base tecnológica e a disseminação horizontal de tecnologias entre sectores, promover o emprego qualificado e as exportações, justificou o envolvimento de Portugal, desde 2010, no programa de desenvolvimento do KC-390. (Defesa)
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