O Ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, considerou que a missão da Força Aérea Portuguesa (FAP) ao serviço de Portugal e dos portugueses “é mais das vezes silenciosa e discreta, porque muitas das vezes é capacitadora e facilitadora da acção de outros”.
Azeredo Lopes, na sua intervenção durante a cerimónia militar do 66º Aniversário da Força Aérea Portuguesa, este sábado, na Praça do Giraldo, em Évora, realçou que no ano passado, a Força Aérea realizou mais de 18 mil horas de voo, transportou mais de 600 doentes, em terra ou no mar, realizou mais de 30 missões de transporte de órgãos e completou mais de 30 operações de Busca e Salvamento.
“São acções que não são abstractas. São acções concretas, missões concretas, horas e minutos concretos em que a acção da FAP tocou vidas concretas, de pessoas concretas, de famílias concretas”, destacou.
O governante fez ainda questão de recordar os mais de 120 militares da Força Aérea que se encontram empenhados em missões no estrangeiro, seja nas Forças Nacionais Destacadas ou na Missões de Cooperação no domínio da Defesa.
“Em África, nos Bálticos, no Mediterrâneo, no quadro das ONU, da UE, da NATO, de Coligações Multilaterais ou no âmbito da Cooperação Bilateral com países amigos, as Forças Armadas Portuguesas e a FAP fazem a diferença”, elogiou Azeredo Lopes, acrescentando que “servindo de forma exemplar, assumindo sem hesitar aquela que é a sua condição militar, contribuem de modo efectivo, de modo palpável, de modo real para a paz e para a segurança internacionais”.
Na sua intervenção, o Ministro da Defesa considerou também fundamental o papel da FAP no projecto KC-390, elogiando o “contributo que tem dado para a formulação dos requisitos operacionais e logísticos” desta aeronave.
O projeto KC-390 é o “primeiro programa de aeronáutica com engenharia portuguesa”, tendo resultado em “mais de 450 mil horas de trabalho de engenharia desenvolvida em Portugal, concretamente no Centro de Excelência de Inovação da Indústria de Automóvel (CEIIA), envolvendo outras 14 empresas de vários pontos do país”, frisou.
Para Azeredo Lopes, o “novo impulso no investimento em Defesa, no âmbito da União Europeia e da NATO é um “voo” que Portugal não pode perder”, considerando que o “sector aeronáutico e o projecto da aeronave KC-390 são dois exemplos da importância do investimento nesta área”.
O Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General Teixeira Rolo, dirigiu as suas primeiras palavras de apreço a todos os militares e civis da FAP, “pelo extraordinário compromisso, mestria, devoção e até audácia que têm demonstrado no cumprimento das missões e nas tarefas atribuídas seja em território nacional ou nas diferentes Organizações em contextos internacionais onde Portugal participa”.
Teixeira Rolo, garantiu ainda que a FAP continuará sempre a servir e a ser útil aos portugueses permanecendo fiel às suas tradições e atitudes, demonstrado acima de tudo, a resiliência do nosso espírito, identidade e valores”.
Após as intervenções, seguiu-se a imposição de condecorações a militares e civis e homenagem aos mortos em combate. Um dos pontos altos da cerimónia foi o desfile das forças em parada, altura em que quatro aeronaves F-16 sobrevoaram a Praça do Giraldo. (Defesa)
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