(Exército)Satisfazendo os compromissos internacionais assumidos por Portugal, o Exército Português participou no Exercício “Brilliant Jump II e Trident Juncture I" (TRJE), que decorreu entre os dias 25 de Outubro e 8 de Novembro, na região da Escandinávia.
Planeado pelo Allied Joint Force Command Nápoles, um Comando Militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (North Atlantic Treaty Organization - NATO), o TRJE, considerado o maior exercício da Aliança Atlântica desde o final da Guerra Fria, teve como objectivo principal projectar as forças da NATO em climas frios, num treino conjunto e combinado entre as suas Forças de Reacção (NATO Response Force - NRF).
Com uma Área de Operações que abrangeu a Noruega, a Suécia, a Finlândia e a Islândia, o TRJE contou com a participação de 51.000 militares, de 31 nacionalidades diferentes, oriundos dos países membros da NATO e de países amigos.
Composto por várias fases, das quais se destacam os exercícios de Postos de Comando (Command Post Exercise - CPX), os exercícios de Fogos Reais (Live Fire Exercise - LFX), as manobras do exercício de Campo de Treino (Field Trainning Exercise - FTX), que causaram o maior impacto e suscitaram o maior interesse do público em geral, este Exercício, para além dos recursos humanos envolvidos, contabilizou a participação de 65 navios, cerca de 250 aeronaves e mais de 10.000 viaturas.
O Exército Português, cuja presença no Exercício foi materializada através de 8 militares, dos quais 7 oriundos do Regimento de Cavalaria nº3 (RC3), de Estremoz, e 1 proveniente do Regimento de Infantaria nº 1, sediado em Beja, integrados na Enhanced NATO Response Force VJTF (L) 18 Brigade, participou activamente em duas células distintas. Uma célula, constituída por 4 militares, incorporou o G2 Branch da Brigada ARIETE Italiana, que foi projectada para a região de Lesja, na Noruega. A outra célula, do Esquadrão de Reconhecimento, composta por 4 militares, que se encontra em Very High Readiness para a NRF 2018, incorporou o Batalhão ISTAR (Intelligence, Surveillance, Target Aquisition and Reconnaissanse) espanhol, da Brigada Ariete, projetados para a região de Otta, na Noruega.
Estes militares portugueses, que integraram o Estado-Maior da Brigada ARIETE, desempenharam as suas funções na área das Informações, tendo o Esquadrão de Reconhecimento efectuado, para além das missões de reconhecimento, acções de segurança nas cidades de Oppdal, Engan e Kongsvold, e realizado um cross training, com os elementos de patrulhas de montanha e de patrulhas de longo raio de acção do contingente espanhol.
Neste Exercício, de enorme dimensão e visibilidade internacionais e onde foi realçada a importância da área das informações enquanto área do conhecimento, ficou patente, uma vez mais, o profissionalismo e as capacidades dos militares do Exército Português, bem como a sua experiência adquirida nas missões que, sob a égide da NATO, têm cumprido com um reconhecido e exemplar desempenho e humanismo.
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