(Emgfa)A aeronave P-3C CUP+, da Esquadra 601 - "Lobos" da Força Aérea portuguesa e a fragata “Álvares Cabral”, da Marinha portuguesa, participam, de 8 a 23 de Março, no maior exercício militar aeronaval internacional no Golfo da Guiné, o OBANGAME EXPRESS 19, com o objectivo de promover a segurança marítima na região.
A aeronave da Força Aérea, com um total de 36 militares empenhados, participa na edição anual do OBANGAME EXPRESS entre 8 e 12 de Março a partir da República de Cabo Verde e entre 12 a 22 de Março a partir de São Tomé e Príncipe. A fragata “Álvares Cabral”, actualmente em missão em Angola com 159 militares embarcados, juntar-se-á mais tarde, a sul da Nigéria, durante o período entre 15 a 20 de Março.
Este exercício tem como principal objectivo promover a segurança global na região, através da cooperação entre todas as forças e unidades dos países participantes e a partilha de informação no domínio marítimo entre os diversos centros de operações marítimas no Golfo da Guiné, destacando-se a participação de meios de 19 países africanos (Angola, Benin, Camarões, Cabo Verde, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Marrocos, Nigéria, Senegal, Serra Leoa, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe e Togo).
A capacitação dos países do Golfo da Guiné, em concreto na área da segurança marítima e do combate às actividades ilícitas no mar, onde se destaca o combate contra a pirataria, o narcotráfico e a delapidação abusiva dos recursos marinhos, bem como a proteção das bases de exploração petrolífera existentes na região, são outros dos grandes objectivos deste exercício militar conduzido pelo Comando Africano dos Estados Unidos (United States Africa Command - U.S. AFRICOM).
Relembra-se que no Golfo da Guiné situam-se 4.000 milhões de metros cúbicos de reservas de gás natural e é onde tem origem cerca de 50% da produção de petróleo do continente africano, representando 10% da produção mundial, estimando-se que desde 2013 são perdidos por dia 40.000 barris devido a actos de pirataria ou roubo.
Salienta-se também que aproximadamente 40% do volume de peixe capturado nas águas da África Ocidental são provenientes de pesca ilegal, representando uma perda anual de mais de 1,5 milhões de dólares para os Estados da região.
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