O Exército Português pretende que “existam orientações claras e objectivas” nos pedidos de colaboração no combate aos incêndios florestais, afirmou hoje o porta-voz do Estado Maior daquele ramo militar.
“Sempre que há orientações nós estaremos lá para trabalhar, e para colaborar com todas as entidades, mas esperemos é que haja definições claras daquilo que é para fazer”, disse o tenente-coronel Hélder Perdigão porta-voz do Exército. As declarações surgem em resposta às declarações do vice-presidente da Câmara Municipal de São Pedro do Sul, que acusou o Exército de estar parado sem fazer nada num dos incêndios daquele concelho.
“Quando não há orientações objectivas, e não há definição daquilo que é para fazer, os militares ficam a aguardar enquanto tomam as decisões”, afirmou Hélder Perdigão. “O Exército recebe as orientações das entidades civis, e através do seu oficial de ligação dá ordem aos seus militares para responderem em conformidade”, explicou o tenente-coronel.
“No caso concreto de São Pedro do Sul tem tido várias orientações, ao que os militares responderam, mas espera-se que haja orientações claras e objectivas”, repetiu Hélder Perdigão. “Quem tutela o posto de comando é a Autoridade Nacional de Protecção Civil” através dos “próprios bombeiros e dos responsáveis da protecção civil regional ou municipal”, das quais o Exército recebe orientações para actuar no teatro de operações, acrescentou.
Ainda de acordo com o oficial, o Exército “não está ali para combate em primeira intervenção, isso é uma missão dos bombeiros e até porque os militares não têm meios para isso, mas responde em missões de vigilância e rescaldo de acordo com as orientações”.
Aquele ramo militar tem hoje no terreno em operações de apoio no combate aos fogos, 11 pelotões com cerca de 300 homens, e já activou a engenharia militar com máquinas de rastos pesadas, nos diferentes incêndios que lavram no país concluiu Hélder Perdigão.(Público)
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