21 de janeiro de 2011

Mensagem de Sua Excelência o General Chefe do Estado-Maior do Exército

Oficiais, Sargentos, Praças da Arma de Artilharia,
Militares e funcionários civis da Escola Prática de Artilharia

É com apreço e satisfação que o Comandante do Exército preside às comemorações do dia da Arma de Artilharia e da sua Escola Prática, prestando justo reconhecimento a todos os que servem o Exército nesta prestigiada Arma, relevando todo o seu esforço, determinação e competência.

A Arma de Artilharia, considerando as suas duas vertentes, «Campanha» e «Antiaérea», possui hoje uma estrutura coerente e integrada na componente operacional, designadamente nas três Brigada e nas Forças de Apoio Geral. Com o estabelecimento dos encargos operacionais desta Escola e do Regimento de Artilharia Antiaérea de Queluz, está materializada a capacidade das referidas unidades para organizar, planear e treinar.

A Artilharia Portuguesa sempre cultivou uma imagem de prontidão e de rigor, sustentada no profundo conhecimento dos seus sistemas, técnicas e tácticas, por forma a garantir um emprego operacional eficaz e eficiente. Esta forma de estar, conjugada com um espírito persistente e paciente na exploração dos meios existentes, materializa uma visão sustentada do futuro.

Destacaria neste domínio: a necessidade de implementação das capacidades ISTAR, designadamente pela aquisição das plataformas de vertente robótica, «UAV», previstas na revisão da LPM; o imperativo urgente de revisão do Sistema de Defesa Aérea Nacional no contexto do novo Conceito Estratégico da OTAN, com implicações directas para o Exército pela necessidade de concretização dos meios HIMAD; e, no âmbito dos materiais de Artilharia de Campanha, devem ser consideradas as tendências dos Exércitos de referência para calibres como o 155 mm, de grande mobilidade e capacidade tecnológica, com alcances acima dos 40 Km, ou outros que, com a mesma ordem de alcances, proporcionem elevada capacidade de interdição com fogos, garantindo as missões tácticas de Reforço de Fogos e Acção de Conjunto.

No quadro da nova conflitualidade, a Artilharia tem uma palavra a dizer, quer pelo envolvimento de subunidades suas, quer pela presença de artilheiros nos mais diversos domínios operacionais da actualidade, quer ainda, pela participação assídua nos de discussão, onde se procura estudar e sistematizar o emprego da Artilharia, nos variadíssimos cenários operacionais.

Constitui corolário deste desígnio a integração de uma Bateria de Artilharia de Campanha «Light Gun 10,5», na “NATO Response Force 17”, encontrando-se neste momento em fase de aprontamento Nacional para o seu período “Stand by” no segundo semestre de 2011.

Reconhecendo a Escola Prática de Artilharia como a mais antiga do Exército, aproximando-se os seus 150 anos de existência, presto justa homenagem às sucessivas gerações de artilheiros que contribuíram para a sua criação, desenvolvimento, consolidação e transformação ao longo dos tempos, sublinhando a sua dedicação à formação e ao treino operacional nesta “Casa Mãe”.

A Escola continua hoje a cumprir a sua missão com empenho e dedicação, distribuindo a sua atenção pela formação, quer no âmbito do Quadro Permanente quer no âmbito do RV/RC; pela investigação e desenvolvimento doutrinário, destacando-se a produção de manuais tácticos e técnicos; e pelo treino operacional, com a sua participação em inúmeros exercícios. É de referir ainda a sua ligação à comunidade e ao município de Vendas Novas, onde se registam relações de reciprocidade e interacção assináveis, em sintonia com as directrizes do Comando do Exército.
Perspectivando o futuro, muitos desafios se colocam à EPA, sendo de destacar a sua integração no processo de acreditação e certificação da estrutura de formação do Exército; bem como o seu envolvimento num Programa de Regeneração Urbana de Vendas Novas, com possibilidades de intervenção no património sob a sua responsabilidade.

Militares e funcionários civis que servem na Arma de Artilharia

O Comandante do Exército expressa o seu optimismo perante os desafios que se colocam, manifestando a sua inequívoca confiança em todos os que servem na Arma de Artilharia. Consciente da vossa competência, espírito de sacrifício e criatividade, exorto-vos a uma atitude centrada na busca permanente da excelência, servindo o Exército e prestigiando Portugal.

Vendas Novas, 04 de Dezembro de 2010.

O CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO
JOSÉ LUÍS PINTO RAMALHO
General

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