30 de março de 2011

Fotografias do D.A.E


Fotografias retiradas do Real Thaw 2011

CERIMÓNIA DE COMEMORAÇÃO DA RETIRADA DO EXÉRCITO FRANCÊS DA REGIÃO DA GUARDA

No âmbito do Bicentenário da Guerra Peninsular, realizou-se na cidade da Guarda, em 29 de Março de 2011, uma Cerimónia Comemorativa alusiva à Retirada do Exército Francês da Região da Guarda.(Exército)

Aeródromo de Trânsito Nº1

O Aeródromo de Trânsito Nº1 (AT1), em Figo Maduro, gere uma estrutura que garante o apoio a aviões militares em trânsito, nacionais e estrangeiros, mantendo a permanente capacidade de execução de movimento e despacho de aeronaves, despacho de passageiros e correio, bem como assistência de placas. Criado com esta designação em Outubro de 1978, a sua história é ainda mais antiga e remonta à II Guerra Mundial, com a constituição da Esquadrilha Independente de Caça que a partir daqui, em cooperação com as forças de superfície, assegurou a defesa aérea imediata de Lisboa nesse período. Foi ainda sede de outras unidades aéreas até se constituir como principal centro estratégico da Força Aérea Portuguesa no que concerne aos transportes aéreos militares. Actualmente, para além de receber nas suas instalações uma unidade destacada da Esquadra 504, que opera o FALCON 50, o AT1 assume-se como porta de entrada e saída de Portugal, de altas entidades civis e militares, como ocorreu no dia 28 de Março, com a chegada de uma aeronave que transportou o Príncipe de Gales e a Duquesa da Cornualha até Lisboa, e no dia 29 de Março, com o desembarque da Presidente da República do Brasil, Dilma Vana Rousseff, que veio pela primeira vez à Europa. (F.A.P)

29 de março de 2011

NRP Vasco da Gama lidera combate à pirataria na Somália

A fragata Vasco da Gama, da Marinha portuguesa inicia a 14 de Abril o comando da força naval da União Europeia de combate à pirataria ao largo da Somália. A TSF falou com o português que lidera a operação Atalanta - European Union Naval Force Somalia.

O objectivo desta missão europeia, que tem cobertura legal das Nações Unidas, é fazer chegar ajuda alimentar a dois milhões de pessoas na Somália.

O comodoro Silvestre Correia, que vai comandar a operação, diz que não é possível acabar com todos os ataques dos piratas e por isso reconhece que a missão não está isenta de riscos.

O militar português garante que, apesar dos riscos e de não ser possível acabar com a pirataria na região, os navios que transportam alimentos serão devidamente protegidos. (TSF)

À procura de recrutas. Exército cria gabinetes nas autarquias

A criação de gabinetes de informação do Exército nas câmaras municipais, para facilitar o recrutamento e apoiar ex-militares, é o objetivo de um protocolo hoje assinado em Viseu entre a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP) e o Exército.

O protocolo, assinado pelo presidente da ANMP, Fernando Ruas, e pelo Chefe de Estado-Maior do Exército, general Pinto Ramalho, incide, numa primeira linha, na facilitação de recrutamento continuo de voluntários para as fileiras do Exército português.

Com este acordo, assinado no Regimento de Infantaria (RI 14), as autarquias, como sublinhou Fernando Ruas, disponibilizam o seu esforço, não só para apoiar o Exército mas também como instrumento de apoio aos jovens que buscam alternativas para a sua vida profissional.

Por sua vez, Pinto Ramalho sublinhou que o documento hoje assinado consolida um objetivo que vem de 2006 e que dá corpo a uma visão de “ligação estreita e transparente do Exército à sociedade portuguesa”.

Os gabinetes que vão ser criados nos municípios que aderirem vão integrar militares ou funcionários que vão receber formação específica dada pelo Exército.

E o objetivo passa, sobretudo, como apontou o Chefe de Estado Maior, por “facilitar o acesso dos jovens à informação disponível, mas também aos ex-militares que tenham assuntos a resolver.

Questionado sobre se este protocolo, que tem as questões do recrutamento no topo das prioridades, revela a constatação de dificuldades na atração de jovens para as fileiras do Exército, Pinto Ramalho optou por sublinhar a questão da proximidade e da ligação à sociedade.

Admitiu, no entanto, que também o Exército vive as contingências da diminuição de recursos provocada pela situação do país, dando como exemplo o facto de no último ano terem diminuído de 10 para sete as incorporações anuais.

A primeira autarquia a aderir a esta iniciativa do Exército foi Cabeceiras de Basto, estando atualmente próximo das duas dezenas os gabinetes já instalados. Viseu, disse Fernando Ruas, que também preside a esta autarquia, vai aderir em breve.

O objetivo é, segundo Pinto Ramalho, chegar ao maior número de câmaras possível, com destaque para aqueles municípios onde a informação pode chegar com menos facilidade, nomeadamente os do interior do país.

As condições de prestação do serviço militar, seja em regime de voluntariado, seja em regime de contrato, bem como questões relacionadas com o recenseamento militar, as certidões militares ou a contagem de tempo militar, são os principais serviços a prestar por estes gabinetes instalados nas autarquias.

E se o Exército se compromete a formar os recursos humanos das câmaras e disponibilizar material ou empenhar-se em eventos de carácter diverso para divulgar o projeto, as autarquias obrigam-se a, entre outros, divulgar gratuitamente nos seus meios, a sua existência. (I)

26 de março de 2011

Hora de Verão

Em conformidade com a legislação, a hora legal em Portugal Continental :
Será adiantada em 60 minutos à 1 hora do dia 27 de Março.

600 militares em Vila Real "Exercício "Júpiter 11"

Cerca de 600 militares do Batalhão de Infantaria que integram o Battle Group da Eurofor realizam um exercício militar com os blindados Pandur entre os dias 28 e 01 de abril, em Vila Real e na serra da Falperra.

Segundo informou o Regimento de Infantaria 13 (RI13), onde os militares estão sedeados, o exercício "Júpiter 11" tem como principal objetivo cimentar o treino e prontidão operacional de uma unidade equipada com os meios mais modernos do Exército Português, nomeadamente as viaturas blindadas de rodas Pandur II (8X8). (DN)

Campo Maior/1811:Resistência a cerco das tropas frencesas valeu-lhe título de "Vila Leal e Valorosa"

A resistência durante um cerco cerrado montado pelas tropas francesas, em 1811, que durou cerca de um mês, valeu a Campo Maior o título de “Vila Leal e Valorosa”.

A vila alentejana que em 1801 já tinha sido sujeita a um cerco, por parte dos espanhóis, conseguiu 10 anos depois resistir à invasão francesa, até à chegada dos reforços luso-britânicos, que puseram os franceses em debandada.

Duzentos anos depois o município local e o exército português vão assinalar a data, sábado, com um conjunto de iniciativas, a realizar no Castelo e no Centro Cultural daquela vila, que integram honras militares, o descerramento de placa evocativa e uma evocação histórica da efeméride.

A realização de um colóquio sobre o tema “Campo Maior e as Invasões Francesas”, bem como a inauguração da exposição “Além Tejo Fronteira”, da Direcção Geral de Infra-Estruturas do Exército, são outras iniciativas agendadas para assinalar a Resistência no Cerco de Campo Maior. (RP)

Ciclo de exposições do Instituto Geográfico Português do Exército em Castro Marim

O Regimento de Infantaria n.º 1 de Tavira está a promover em Castro Marim, com a colaboração da autarquia local, um ciclo de exposições do Instituto Geográfico Português do Exército, que decorrerá meados do mês de Abril.

«Finis Portugalliae» é a segunda mostra do IGeoE que aborda acontecimentos determinantes na delimitação da fronteira terrestre e os conflitos inerentes, divulgando o excelente trabalho a nível da cartografia e da arquitetura militar em Portugal.

Estará patente na Igreja do Castelo, até 15 de abril, diariamente entre as 9:00 horas e as 17:00.

A encerrar o ciclo de exposições do Instituto Geográfico Português do Exército em Castro Marim, estará patente ao público a mostra «Cursos e Percursos para o Mar Oceano», durante a última quinzena do mês de Abril.

Através desta exposição, o visitante ficará a perceber a importância dos rios portugueses e o seu contributo na delimitação natural e consolidação da nossa extensa região fronteiriça.

“Esta iniciativa do Regimento de Infantaria n.º 1 do Exército Português é um testemunho da maior importância para um melhor conhecimento do país do ponto de vista cartográfico e militar, mas também a sua ação na estratégia militar, durante as invasões francesas”, salienta a autarquia. (Diário Online)

Estado nomeia novo presidente para os Estaleiros Navais de Viana do Castelo

O espanhol Francisco Gallardo Durán é o novo presidente executivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), no âmbito da reestruturação do Conselho de Administração, que recebeu dois novos elementos.

Francisco Gallardo integra desde 2010 o Conselho de Administração (CA) dos ENVC e passa agora a ocupar o cargo de presidente executivo, deixado vago há quatro meses pelo almirante Victor Gonçalves de Brito, que apresentou a demissão.

O espanhol, engenheiro naval de profissão, já liderou os Estaleiros de Sevilha.

A recomposição do CA foi decidida a 22 de Março pela Empordef, holding do Estado para as indústrias de defesa.

De acordo com a informação a que a Lusa teve hoje acesso, prevê-se a integração de Jorge Moreira de Pinho, um ex-quadro da Unicer, como vogal executivo, além de José Luís Serra, que se mantém em funções também como vogal executivo.

Carlos Veiga Anjos mantém-se como presidente da empresa, em funções não executivas, além do Almirante José Conde Baguinho, o segundo elemento nomeado esta semana para o CA, para fazer a ligação com a Marinha. Esta é actualmente o principal cliente dos ENVC, com cerca de 500 milhões de euros de encomendas.

Na comissão executiva da empresa, liderada agora pelo espanhol Gallardo, a Empordef delega poderes de “gestão corrente”.

Recorde-se que a administração anterior dos ENVC foi nomeada no último Verão, com cinco elementos, três executivos e dois não executivos.

Depois da demissão, concretizado a 1 de Dezembro pelo então presidente executivo, Victor Gonçalves de Brito, a 31 de Janeiro foi a vez de Óscar Mota deixar a empresa pública.(Público)

25 de março de 2011

Acompanhe o exercício Real Thaw 2011

A Força Aérea Portuguesa vai realizar, no período de 28 de Março a 08 de Abril, o exercício Real Thaw 11 (RT11) cujo objectivo é facultar treino ao nível táctico às forças participantes para testar o seu nível de aprontamento e performance num teatro de operações dinâmico e actual.

À semelhança de anos anteriores, para além das forças nacionais (Força Aérea, Marinha e Exército) irão participar no RT11 forças dos Estados Unidos da América, da Bélgica e Espanha para se obter um ambiente idêntico ao das actuais operações militares internacionais como também para proporcionar interoperabilidade entre países e respectivos meios.

Este exercício é coordenado a partir da Base Aérea Nº5, em Monte Real, local onde estarão sediadas algumas forças participantes, e irá desenrolar-se, na sua maioria, na região da Covilhã, Penamacor, Seia, Monfortinho e Meimoa. Acompanhe as missões, novidades, reportagens do RT11 através do site dedicado em REAL THAW 2011. (FAP)

Largada da NRP Vasco da Gama para comandar Força Naval da União Europeia na Somália


Terça-feira, dia 29 de Março durante a manhã, larga da Base Naval de Lisboa (BNL) a fragata Vasco da Gama para comandar, a partir do dia 14 de Abril e durante um período de 4 meses, a European Union naval Force Somalia – Operation Atalanta. Será a primeira vez que a Marinha Portuguesa assumirá este importante cargo operacional da União Europeia.

Esta operação, denominada European Union Naval Force Somalia – Operation ATALANTA, é a primeira operação naval da União Europeia e está a ser conduzida sob a égide das Nações Unidas.

Tem como objectivos assegurar a protecção dos navios que transportam ajuda alimentar ao povo Somali no âmbito do WFP - World Food Program e o apoio logístico à AMISOM - African Union Mission in Somalia, contribuir para o esforço militar na prevenção e repressão de actos de pirataria e de assalto à mão armada no mar, bem como contribuir para a monitorização da actividade piscatória ao largo da costa da Somalia.

No próximo dia 14 de Abril, em cerimónia a decorrer no Porto Comercial do Djibouti, o comando da European Union Naval Force Somalia – Operation Atalanta, presentemente exercido por um Contra-almirante da Marinha Espanhola, será entregue, por um período de quatro meses, ao Capitão-de-mar-e-guerra Alberto Manuel Silvestre Correia, graduado, para o efeito, no posto de Comodoro. Durante esse período, o Comodoro Silvestre Correia e o seu Estado-Maior Internacional, utilizarão, como navio-chefe da Força Naval, a Fragata Portuguesa Vasco da Gama.

A Fragata Vasco da Gama, comandada pelo Capitão-de-fragata Pessoa Arroteia, possui uma guarnição de cerca de duas centenas de militares e terá embarcado um helicóptero Lynx. (MGP)

Reflutuação do Ex NRP Albacora (Vídeo)

24 de março de 2011

107º Aniversário do Campo de Tiro de Alcochete

No sentido de promover uma gestão florestal sustentável, o Campo de Tiro (CT) da Força Aérea, localizado em Alcochete, celebrou dois protocolos, um com a Autoridade Florestal Nacional (AFN) e Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa (FCUL) e outro com a TAGUS Natura – Associação para a Defesa e Protecção do Estuário do Tejo.

Estes protocolos, que dão cumprimento à contínua preocupação do CT na defesa e gestão do ambiente, visam estreitar as relações de cooperação e intercâmbio com Organizações e/ou Entidades de referência nesta área e permitem a partilha de informações e experiências, a realização de projectos de investigação de interesse comum, nacional e/ou internacional, como também a oportunidade de desenvolver e aplicar procedimentos e programas de defesa e protecção das espécies existentes na sua área florestal.

Há 107 anos a assegurar à Força Aérea, aos ramos das Forças Armadas e às Industrias de Defesa a execução de acções conduzidas nas carreiras de tiro, bem como a preservar a reserva florestal e cinegética correspondente à sua área, o CT comemorou, no dia 24 de Março, o seu aniversário, numa cerimónia presidida pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José Pinheiro. (FAP)

Partido Nacional Renovador defende o Serviço Militar Obrigatório no seu programa politico

O Partido Nacional Renovador, vê na Defesa Nacional um dos pilares base da nação e por isso uma das prioridades fundamentais do Estado, e que deverá ser vista e assumida na sua forma multi-dimensional e tendo em conta as ameaças constantes e resultantes das mudanças geopolíticas do mundo actual.

Defendemos que Portugal deve ter como sua máxima prioridade estratégica, a defesa do seu território e de toda a sua zona exclusiva económica (ZEE), como também deve exercer a sua vocação histórica e estratégica pelo Atlântico, e na iniciativa na fundação de uma nova estrutura de defesa mútua militar e exclusiva entre países europeus, e que serviria para substituir a actual NATO.

Neste contexto, entendemos que a política de Defesa Nacional passa por um modelo adequado de serviço militar, e por uma forte reestruturação e reequipamento das Forças Armadas, pelo reforço das suas capacidades e componentes extra militares (por ex: no combate ao tráfego de droga e da imigração clandestina, apoio às populações civis em situações de catástrofes naturais, combate à poluição), pela completa reestruturação do Serviço de Informações Militares e do serviço de Saúde Militar, e pela recuperação do prestígio e valorização a que tem direito as forças armadas portuguesas.

O modelo de serviço militar defendido pelo PNR, passará pela implementação do serviço militar obrigatório para os jovens do sexo masculino, e em regime voluntário para o sexo feminino, com uma duração máxima de doze meses, e por uma componente profissionalizada que integrará o efectivo permanente dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas.

Para o PNR, o principal objectivo da implementação do serviço militar obrigatório para os jovens do sexo masculino, será ministrar uma formação militar e cívica, na assunção de responsabilidades e de aceitação da disciplina, enquanto membros de uma instituição, e criar nos mesmos o sentido patriótico enquanto cidadãos de uma Nação.


Questão não menos importante para o PNR, é a questão dos programas de reequipamento das forças armadas portuguesas. Neste capitulo, é preocupante assistir ao envelhecimento de muitos dos sistemas de armas das nossas forças armadas portuguesas, e verificar o constante adiar por parte de sucessivos governos, de muitos dos programas já previstos na Lei de Programação Militar.

Será ponto de honra para o PNR, executar rápida e positivamente os seguintes programas:
> Recuperar o atraso na construção dos Navios de Patrulha Oceânico, e de Combate à Poluição. Avançar de imediato com construção do Navio Logístico Polivalente, e com a construção das Lanchas de Fiscalização Costeira, de referir que todos estes meios seriam construídos em território nacional e assim serviram de impulso à criação de postos de trabalho e à manutenção da indústria naval portuguesa.
> Resolver os atrasos constantes na construção e na entrega definitiva da totalidade das viaturas blindadas Pandur ao Exército Português e ao Corpo de Fuzileiros, como também o atraso do programa de modernização das fragatas classe Vasco da Gama e da modernização dos aviões C.130 Hercules e, por fim, o atraso na conclusão total do programa MLU dos F.16 .
Para o PNR, será ainda fundamental avançar imediatamente com a aquisição da nova arma ligeira que vai equipar os três ramos das forças armadas.

O PNR entende que Portugal deve ter fortes ambições nas indústrias de defesa, já que são geradoras de uma soberania acrescida, e pela criação de postos de trabalho com uma alta qualificação profissional, e no desenvolvimento de novas tecnologias e na produção de mais riqueza nacional.

O PNR tudo fará para o desenvolvimento da indústria de defesa em Portugal seja uma realidade, e com maior destaque nas áreas de construção e de manutenção aeronáutico, construção e reparação naval, produção de armas ligeiras e munições e nas tecnologias de comunicação e desenvolvimento de software.

Por último, e questão não menos importante para o PNR, è a aquela a que se refere aos antigos combatentes e aos deficientes das forças armadas, a quem o país tanto deve e em quem deve prestar a sua gratidão. Será nosso compromisso, apoiar a criação e manutenção de programas de reabilitação física de todos que ficaram incapacitados, como também no apoio de todos combatentes que sofrem de sintomas de “Stress de pós Guerra”.

O PNR propõe-se:
> Reestruturar e dimensionar o efectivo dos QP dos três ramos das Forças Armadas Portuguesas;
> Reequipar e modernizar as Forças Armadas Portuguesas;
> Dar prioridade ao reforço nas áreas de qualificação, formação e ensino militar;
> Tomar medidas efectivas para o desenvolvimento da Indústria de Defesa Nacional;
> Reestruturar e tornar mais eficaz o Serviço Informações Militar;
> Melhorar os cuidados de saúde e de apoio social aos antigos combatentes e deficientes das FA;
> Comprometer-se na iniciativa da criação de uma nova estrutura de defesa europeia;
>Implementar o serviço militar obrigatório para jovens do sexo masculino.(PNR)

25º Aniversário da Esquadra 601 - LOBOS

Esquadra 601 "LOBOS"

Exposição comemorativa do Raid Aéreo Lisboa-Funchal (1921)


O Museu de Marinha inaugurou ontem, dia 23 de Março, uma exposição comemorativa dos 90 anos do Raid Aéreo Lisboa-Funchal, realizado em 22 de Março de 1921. Protagonizado pelos pilotos Gago Coutinho, Sacadura Cabral e Ortins Bettencourt, acompanhados do mecânico Roger Soubiran, a bordo do hidroavião Felixtowe F.3, este voo, o primeiro entre o Continente e a Madeira foi o grande teste para a travessia do Atlântico, conseguida em 1922. A exposição está patente ao público no Pavilhão das Galeotas do Museu de Marinha até 24 de Junho de 2011.


Para além de evocar a acção dos seus protagonistas, a exposição pretende igualmente dar a conhecer os objectivos da viagem. O principal consistia em testar o sistema de navegação aérea, usando-se para o efeito o primeiro sextante com horizonte artificial concebido e aperfeiçoado por Gago Coutinho e que podia ser usado a bordo de aeronaves.

Um outro instrumento, construído com a colaboração de Sacadura Cabral, a que deram o nome de «plaqué de abatimento» ou «corrector de rumos», permitia, como o próprio nome indica, calcular de forma simples e expedita a compensação necessária para a correcção do rumo a seguir.

Concluída a viagem após cerca de sete horas e meia, ficou demonstrado efectivamente a precisão destes inovadores instrumentos que iriam ser determinantes no sucesso da travessia aérea do Atlântico Sul entre Lisboa e o Rio de Janeiro, entre 30 de Março e 17 de Junho de 1922. (Marinha Portuguesa)

23 de março de 2011

Inauguração do Monumento aos Combatentes do Ultramar em Vila Nova de Foz Côa

Decorreram em Vila Nova de Foz Côa, em 20 de Março, as Cerimónias Comemorativas do Dia do Núcleo e de inauguração do Monumento aos Combatentes do Ultramar, simultaneamente um Memorial onde figuram os nomes dos Combatentes Fozcoenses do Exército e da Força Aérea tombados por Portugal naquele conflito ultramarino. As Cerimónias tiveram início pelas 10horas da manhã com a concentração de Convidados, Sócios e seus familiares, junto às instalações do Núcleo; seguindo-se o hastear dos estandartes da Câmara Municipal de Foz Côa e do Núcleo no Monumento aos Combatentes.

De seguida foi celebrada Eucaristia na Igreja Matriz de Foz Côa, celebrada pelo Pároco Ferraz, perante assistência de muitos Sócios e seus familiares, Delegações dos Núcleos da Guarda, Sabugal e Belmonte acompanhados dos seus Estandartes.

Ás 12horas procedeu-se ao hastear da Bandeira Nacional no Monumento, cerimónia que teve honras militares a cargo de uma força de escalão Pelotão – do Centro de Instrução de Operações Especiais, seguida da Bênção religiosa do Monumento e do momento de inauguração deste, marcado pelos discursos pelo Presidente do Núcleo de “Foz Côa”; pelo Presidente da Câmara Municipal de Foz Côa – Eng.º Gustavo Duarte e pelo Vice-Presidente da DC da LC em representação do General Presidente da DC da LC – Gen Chito Rodrigues, discursos que culminaram o momento solene, aludindo ao esforço de uma Nação e dos seus Combatentes na Guerra do Ultramar, agora consagrados no Concelho de Foz Côa com o Monumento que evoca, testemunha e perpetua esse esforço.

A Cerimónia prosseguiu com a entrega da Medalha Comemorativa das Campanhas a vários associados, finda a qual se seguiu um almoço de confraternização num restaurante da Cidade. Cerca de 90 Associados, familiares e convidados participaram nas Cerimónias do 2.º Aniversário do Núcleo. (LC)

ISAF Medal Parade

A 17 Março 2011, decorreu em CAMP WAREHOUSE a cerimónia de Imposição de Medalhas NATO , aos militares do Contingente Nacional/Força Nacional Destacada na International Security Assistance Force (ISAF) no Afeganistão.

A medalha para serviços prestados sob a égide da NATO na Operação no Afeganistão e países vizinhos é atribuída a todos os militares e civis que estão ou estiveram empenhados no apoio da Operação.

O Contingente Nacional actualmente no Teatro de Operações (TO) iniciou formalmente a sua missão em 17OUT10 e irá realizar a cerimónia de Transferência de Autoridade em 17ABR11.

Na Parada Portuguesa formou a Força constituída pelas seguintes capacidades: Operational Mentor and Liaison Team-Division; Operational Mentor and Liaison Team-Garrison; Equipas de Formadores/Instrutores ( CSS Log School, KACTC, ANA Log Cmd e KMTC) e o Módulo de Apoio ( Force Protection e PelApSvc).

Presidiu à cerimónia o COM KAIA Brigadeiro General (BGen) Nandor Kilian, acompanhado por diversos Senior Representatives e Comandantes de Contingente que cumprem missão no TO. Estiveram ainda presentes como convidados, diversos oficiais e sargentos que desempenham tarefas conjuntas com as várias Capacidades do Contingente Nacional.

Do programa da cerimónia, e para além do momento da imposição de condecorações relevam-se a intensidade e o sentimento colocados nos actos do entoar o Hino Nacional e da Homenagem aos Militares caídos ao longo dos novecentos anos de história nacional e, em especial, a todos os que tombaram ao serviço da paz no Teatro de Operações do Afeganistão.

No uso da palavra, o Comandante do Contingente Nacional (CN) COR ART António Emídio da Silva Salgueiro, relembrou que a confiança, o incentivo e o entusiasmo colocados no início da missão vertido no lema "ONE TEAM" se revelou profícuo, e agora, que se aproxima o fim da missão revela os seus frutos. Relevou também que o brio e o empenho colocado no exercício das funções que cada um desempenhou, contribuíram para trazer esperança ao povo do Afeganistão. Proferiu ainda palavras de apreço para com as famílias de todos os militares, que observaram a missão à distância, esperaram pacientemente e aguardam expectantes o desejado regresso.

O BGen Nandor Kilian que usou da palavra de improviso deixou testemunho do trabalho muito positivo realizado pelos militares portugueses em serviço no Afeganistão e felicitou todo o Contingente Nacional pela obtenção da medalha NATO ISAF no culminar da sua missão neste TO.

O Dia Festivo encerrou com um lanche de confraternização que decorreu no refeitório português e em que participaram todos os convidados e os militares do Contingente Nacional. (EMGFA)

ESCOLA PRÁTICA DE ENGENHARIA MONTA PONTE MILITAR EM ODEMIRA

A Escola Prática de Engenharia, através da sua Companhia de Pontes, efectuou de 07 a 15Mar11 o lançamento de uma ponte militar tipo Mabey sobre o Rio Mira, em Odemira.

O lançamento desta ponte revestiu-se de elevado interesse por ser o primeiro emprego em situação real da mais recente ponte logística que equipa o Exército Português. Também o facto de o vão livre entre apoios ser de 57,91 m, possibilitando a transposição em segurança de viaturas até 40,00 ton, torna-a uma das maiores pontes militares lançadas até hoje.

A ponte constituir-se-á como via alternativa nos próximos 8 meses, período durante o qual irão decorrer os trabalhos de reabilitação da infra-estrutura em arcos metálicos existente na Estrada Nacional Nº 120. (Exército)

Fronteira revive a Batalha dos Atoleiros

A vila de Fronteira, no distrito de Portalegre, será palco, nos dias 2 e 3 de Abril, da Feira Medieval e da recriação histórica da Batalha dos Atoleiros, que recorda a vitória de Portugal sobre Castela, em 1384.

No primeiro fim-de-semana de Abril, Fronteira mergulha no tempo e a vila transforma-se num verdadeiro palco de história e num ambiente único de feira medieval, convidando os visitantes a reviver a histórica Batalha dos Atoleiros, em que o exército comandado por D. Nuno Álvares Pereira venceu as tropas de Castela, em 1384, sendo que os portugueses não sofreram uma única baixa.

A recriação da Batalha dos Atoleiros decorre domingo, dia 3 de Abril, às 15h, no Campo da Batalha, na zona industrial de Fronteira e os interessados podem participar como figurantes nesta que foi uma das mais importantes e determinantes lutas de independência de Portugal.

A abertura oficial da feira medieval de Fronteira realiza-se no sábado, 2 de Abril, às 12h. Ao longo do dia há animação de rua, desde danças e folias com saltimbancos e menestréis, visita do almotacem e do meirinho aos mercadores, passando pelo teatro de rua até a espectáculos com cuspidores de fogo e malabaristas. No Parque de Jogos Medievais, os mais pequenos e as famílias vão poder divertir-se, experimentando as mais diferentes formas de entretenimento da época.

Depois de apreciarem o mercado medieval que decorre ao longo das ruas e praças da vila, os visitantes podem entregar-se aos comeres e beberes medievais nas tabernas do mercado e, às 21h, assistir ao torneio de armas a cavalo na praça do burgo.

Ao final da noite (22h30), decorre a recriação da partida das hostes castelhanas que aquartelavam no Crato em direcção a Fronteira com intenções de lhe pôr cerco e da partida dos homens de armas que vão engrossar as fileiras do exército português, comandado por D. Nuno Álvares Pereira.

O sábado termina com o espectáculo de dança e malabares de fogo “Os Guardiães do Tesouro”.

No domingo, as tasquinhas continuam a atrair os visitantes, assim como o mercado medieval. Às 15h00 acontece a tão esperada Recriação da Batalha dos Atoleiros. Duas horas mais tarde, às 17h00, as tropas de D. Nuno Álvares Pereira chegam ao burgo, animadas pela celebração da vitória e a aclamação popular.

O evento é promovido e organizado pela Câmara Municipal de Fronteira e a entrada é gratuita. (J.Nisa)

22 de março de 2011

Exercício FELINO 2011


Está a decorrer nas instalações da Brigada das Forças Especiais de Angola, a 50 km a Sul de Cabo Ledo, o "Exercício Felino 2011".

O exercício, que termina a 28 de Março, insere-se na serie de Exercícios Militares Conjuntos e Combinados, desenvolvidos no âmbito da cooperação técnico-militar com a Comunidade de Países de Língua Portuguesa, têm a finalidade de permitir a interoperabilidade das Forças Armadas dos Estados Membros da CPLP e o treino para o emprego das mesmas em operações de paz e de assistência humanitária, sob a égide da Organização das Nações Unidas, respeitadas as legislações nacionais.

Militares de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor, participam neste exercício, com vista a treiná-las para o melhoramento da sua eficiência, no planeamento, comando, controlo e na conduta de missões de ajuda humanitária, manutenção de paz, busca e salvamento.

"O cenário do exercício "Felino 2011", que acontece na região de Cabo Ledo, é fictício e vai simular uma situação de crise humanitária com implicações de segurança, num ambiente permissivo, empregando dados geográficos reais do país.


Histórico

A necessidade da realização do Exercício Felino decorreu da I Reunião de Ministros da Defesa da CPLP, realizada de 20 a 21 de Julho de 1998, durante a qual houve unanimidade dos mesmos para a realização de exercícios militares para o treino e preparação de unidades aptas para participação em Operações Humanitárias e de Apoio à Paz. Em Maio de 1999 decorreu em Luanda a I Reunião da Chefes de Estado-Maior das Forças Armadas (CEMGFA) da CPLP, foi feita a proposta de Portugal de fazer exercícios militares anuais de Operações de Paz e Ajuda Humanitária.

Em 2000, na II Reunião dos CEMGFA, em Lisboa/Portugal, a manobra recebeu o nome de Exercício Felino.

Portugal foi o primeiro país a acolher o Exercício Felino, em 2000, na região de Lamego, no formato com tropas no terreno. Contou com o concurso de militares de Angola, Cabo-Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, S.Tomé e Príncipe e Portugal. O Brasil participou como observador. (EMGFA)

Itinerário Cultural e Patrimonial na Marinha - Visita guiada

No âmbito das comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, vai realizar-se no dia 18 de Abril de 2011 um “Itinerário Cultural e Patrimonial – Visita Guiada”, englobando edifícios da Marinha de significativo e reconhecido valor histórico patrimonial, em Lisboa.

O “Itinerário”, para um mínimo de 10 e um máximo de 30 pessoas, será permanentemente acompanhado e incluirá visitas guiadas ao Hospital da Marinha, no Campo de Santa Clara, às Instalações Centrais da Marinha, junto à Praça do Comércio (área do antigo Arsenal de Marinha) e ao Convento das Trinas, situado na rua do mesmo nome e local onde hoje está instalado o Instituto Hidrográfico.

O “Itinerário” iniciar-se-á nas Instalações Centrais da Marinha, na rua do Arsenal, às 09h30, com concentração dos participantes, entre as 09h00 e as 09h20/30, com regresso ao mesmo local e conclusão às 17h00. O transporte durante o circuito será providenciado pela Marinha.

A inscrição e a realização do “Itinerário” são livres de encargos, com excepção do almoço, existindo no entanto a possibilidade da refeição ser fornecida na Messe das Instalações Centrais de Marinha, contra pagamento aquando da visita. As inscrições deverão ser concretizadas até 15 de Abril.

Para inscrição ou informação adicional, contactar directamente o Capitão-de-mar-e-guerra Fuzileiro Rocha e Abreu, através do TM 919985190 ou do endereço de correio electrónico rocha.abreu@marinha.pt. (Marinha Portuguesa)

Partida de militares da GNR para o Afeganistão

O primeiro Contingente da Guarda Nacional Republicana para o Afeganistão, partiu hoje (dia 22 de Março) pelas 08:00 horas, da Base Aérea do Montijo, onde esteve presente o ministro da Administração Interna, Dr. Rui Pereira.

A Força da GNR, constituida por 15 militares, e cujo periodo de permanência será de seis meses, integra o Contingente Militar Nacional no Afeganistão e actua sobre coordenação principal da EUROGENDFOR.

Os militares, que asseguram a primeira participação da GNR numa missão da NATO, são destacados para Wardak, a 75 quilómetros de Cabul, competindo-lhes assessorar e monitorizar o funcionamento e a formação do único centro de treino nacional da polícia afegã. (GNR)

Esquadra 751 na Internet

A Esquadra 751, sediada na Base Aérea Nº6, no Montijo, e que opera o helicóptero EH-101 MERLIN tem, a partir do dia 22 de Março, uma página dedicada na Internet em: Esquadra 751

Com mais de 2500 vidas salvas, a Esquadra, através da sua página, dá ao público a possibilidade de conhecer em pormenor sua história, as missões que lhe estão atribuídas, a aeronave que opera, a constituição da tripulação, bem como imagens e vídeos que documentam o desempenho e cumprimento das suas missões.

Simultaneamente apresentamos na área Destaques da página da Força Aérea um infográfico que retrata as inúmeras missões de busca e salvamento efectuadas pela Esquadra 751, no ano de 2010. (FAP)

21 de março de 2011

Exposição de fotografia do NRP Sagres "Viagem de Circum-Navegação 2010"

O fotógrafo Guta de Carvalho irá expor em diversos espaços comerciais uma selecção de fotografias alusivas ao NRP Sagres, que foram captadas durante o seu embarque numa parte do percurso da Volta ao Mundo que a Sagres realizou em 2010.

Guta de Carvalho com as fotografias da Sagres conseguiu criar uma espécie de diário de bordo, que mostram pormenores e detalhes do navio.

A exposição de fotografia do NRP Sagres vai estar patente ao público nos seguintes espaços comerciais:

- Almada Forum - de 18 Março a 30 Março
- Forum Montijo - de 01 Abril a 13 Abril
- Forum Algarve - de 16 Abril a 28 Abril
- Forum Viseu - de 01 Maio a 13 Maio
- Forum Coimbra - de 17 Maio a 29 Maio
- Forum Aveiro - de 31 Maio a 12 de Junho
- Espaço Guimarães - de 14 Junho a 26 Junho
- Forum Madeira - de 01 Julho a 13 de Julho
- Armazéns do Chiado - de 19 Julho a 31 Julho
- Forum Sintra - de 02 Agosto a 14 Agosto
Fonte: Marinha Portuguesa

19 de março de 2011

Planetário Calouste Gulbenkian vai comemorar Dia Mundial da Árvore

O Planetário Calouste Gulbenkian vai comemorar no próximo dia 21 de Março o Dia Mundial da Árvore, da Primavera e da Água, no âmbito do Ano Internacional das Florestas organizando um conjunto de palestras alusivas a temas relacionados com a efeméride.

Estas palestras destinam-se prioritariamente à comunidade escolar e para o efeito foram convidados palestrantes externos e várias escolas da região de Lisboa. (Marinha)

Concurso – A Floresta é a Nossa Vida


O Serviço de Protecção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) do Comando Territorial de Lisboa, leva a efeito o 3º concurso de desenho alusivo à floresta que decorrerá até ao dia 3 de Maio.

Subordinado ao tema "A Floresta na Nossa Vida", o concurso destina-se a alunos do primeiro ciclo das escolas do distrito de Lisboa. E tem como objectivo sensibilizar crianças, pais e docentes para a importância da conservação da natureza e do meio ambiente. A iniciativa tem o apoio do Governo Civil de Lisboa, da Autoridade Florestal Nacional, da Direcção Regional de Educação de Lisboa e Vale do Tejo (DRELVT), do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade, da Autoridade Nacional de Protecção Civil, da “Trinta Por Uma Linha” e da Tapada Nacional de Mafra. O regulamento pode ser consultado no anexo que se segue. (GNR)

Anexo: Regulamento - Concurso de Desenho 2011

Invasões Francesas: Cidade de Coimbra evoca 200 anos da sua libertação

A participação de Coimbra na guerra peninsular, que assumiu grande relevo nas lutas de libertação através do Batalhão Académico e da produção de explosivos, vai ser evocada no dia 24 pelo Exército português e pela Câmara Municipal.

A evocação recorda a passagem dos 200 anos da libertação de Coimbra, assumindo destaque as conferências “A Reconquista de Coimbra” e “Populações Massacradas da Região de Coimbra durante a 3ª Invasão Francesa”, pelo coronel Rui Moura, e pela docente universitária Maria Antónia Lopes, respetivamente.

Além de uma sessão solene, a celebração compreende ainda a inauguração de uma exposição do Instituto Cartográfico do Exército, intitulada “Cursos e Percursos para o Mar Oceano”, e um concerto pela Banda Sinfónica do Exército, que interpretará temas da época, de Marcos Portugal, João Bontempo, José Biscaia, Beethoven e Shubert.

O major-general Adelino de Matos Coelho, diretor de História e Cultura Militar, que hoje participou na sessão de apresentação do programa das comemorações, recordou que Coimbra, pela sua posição central, teve um papel de grande importância na libertação.

Maria José Azevedo Santos, vic e-presidente da Câmara de Coimbra e responsável pelo pelouro da Cultura, recordou o relevante papel da Universidade, quer através do Batalhão Académico, quer na produção de pólvora para as forças de libertação.

Em 1808 com o apoio de lentes de todas as faculdades foi criado Batalhão Académico, extinto em abril de 1811. Na sua primeira ação obteve um êxito retumbante, ao libertar o Forte de Santa Catarina das forças francesas, permitindo o desembarque do contingente inglês na Figueira da Foz.

A libertação dos fortes da Nazaré e Peniche e a participação na reconquista do Porto foram outras intervenções do Batalhão Académico consideradas estratégicas na resistência às Invasões Francesas.

Maria José Azevedo Santos, que é igualmente diretora do Arquivo da Universidade de Coimbra, recordou uma carta de 1810 ao vice-reitor em que o amargurado lente Tomé Rodrigues Sobral conta a destruição da sua casa por um incêndio ateado pelas tropas do general Massena.

Tomé Rodrigues Sobral era diretor do Laboratório Chimico, hoje Museu da Ciência da Universidade, e nele fabricava a pólvora e outras munições para os exércitos libertadores, e “os franceses não lhe perdoaram”.(Correio Minho)

COMEMORAÇÕES DOS 150 ANOS DA ESCOLA PRÁTICA DE ARTILHARIA

No dia 18 de Março de 2001 decorreu na Escola Prática de Artilharia, no âmbito das Comemorações do “Centésimo Quinquagésimo Aniversário”, uma Sessão Solene, presidida por S. Exª o Chefe do Estado-Maior do Exército, General José Luís Pinto Ramalho.(Exército)

18 de março de 2011

GNR - Subagrupamento Bravo condecorado em Timor

Os militares do 10º contingente do Subagrupamento Bravo, em Timor, foram condecorados, no dia 16 de Março, no Palácio da Presidência, com a Medalha da Solidariedade de Timor-Leste e da Medalha da UNMIT.

O número de acções de solidariedade social a cerca de 1128 crianças, e a organização de eventos desportivos com vista a angariação de fundos para apoio aos mais desfavorecidos, marcaram para as mais altas entidades de Timor-Leste e da UNMIT, a missão dos militares homenageados. O salvamento no mar de uma vítima de um acidente de viação, evitando que esta morresse afogada, foi apontado como exemplo da qualidade do serviço desenvolvido e motivo de orgulho para todos os elementos que servem sob a bandeira das Nações Unidas.

Na cerimónia estiveram presentes cerca de 120 entidades e convidados, destacando-se a presença do Presidente da República Democrática de Timor-Leste (PRDTL), Dr. Ramos Horta, do Vice-Presidente do Parlamento, Dr. Vicente Guterres, do Comandante das F-FDTL, Major-General Matan Ruak, da Special Representative of the Secretary General (SRSG) da UNMIT, Sr.ª Ameerah Hak, do Deputy SRSG para a área da Administração, Mr. Finn Reske-Nielsen, do Deputy SRSG para a área da segurança, Mr. Shiguro Moshida, do Secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna (SEAAI), Dr. José Conde Rodrigues, do Director da Área de Relações Internacionais da DGAI, Dr. Ricardo Alberto Carrilho, do Comandante Geral da GNR, Tenente-General Luís Newton Parreira e do Embaixador de Portugal, Dr. Luís Barreira de Sousa. O PRDTL e a SRSG referiram nos seus discursos o trabalho desenvolvido pelos vários contingentes do Subagrupamento Bravo ao longo destes 5 anos de missão, destacando o papel determinante na área da formação e de acção social, desenvolvido pelo 10º contingente. (GNR)

17 de março de 2011

Vídeo - Marinha na Futuralia 2011

Aquário Vasco da Gama solidária com o Japão

O sismo de grande amplitude e tsunami ocorridos no Japão no passado dia 11 de Março tiveram efeitos devastadores nos Aquários e Parques Zoológicos da região. A Marinha – Aquário Vasco da Gama, em sintonia com a Associação Europeia de Aquários e Parques Zoológicos (EAZA), solidariza-se com as organizações afectadas, levando a cabo uma campanha de recolha de donativos junto dos seus visitantes.

Os donativos serão entregues à Associação Japonesa de Aquários e Parques Zoológicos (JAZA), para ajudar no salvamento dos animais e recuperação das instalações.(Marinha)

Força Aérea Portuguesa avaliada com sucesso pela NATO

No período de 2 a 11 de Março, a Força Aérea foi submetida a uma Avaliação Táctica da NATO (FORCEVAL), com a finalidade de testar o aprontamento e emprego de uma força, de F-16 MLU, atribuída à Aliança Atlântica na qualidade de High Readiness Forces.

A primeira fase consistiu na avaliação de conhecimentos e competências individuais (Individual Common Core Skills) nas áreas de primeiros socorros; combate a incêndios; defesa nuclear, radiológica, biológica e química; defesa e protecção pessoal e reconhecimento pós-ataque, bem como nas áreas da manutenção e aprontamento de aeronaves.

A segunda fase simulou a participação da força, composta por 365 Militares e seis aeronaves F-16 MLU, numa operação de âmbito internacional, em situação de Destacamento no Aeródromo de Manobra Nº1, em Ovar, onde, durante 54 horas, as vertentes de Operações, Logística e Protecção da Força foram ininterruptamente confrontadas com uma diversificada série de incidentes tendentes a avaliar a sua capacidade de resposta e de sobrevivência em ambiente hostil.

Perante cerca de 90 avaliadores da NATO, de diferentes nacionalidades, a força conseguiu atingir os objectivos a que se propôs, ser considerada Mission Capable. A aplicação dos conhecimentos e o desempenho na execução das missões permitiu o reconhecimento do esforço empreendido, facto que confirma o desígnio da Força Aérea no sentido de continuar a assegurar os compromissos assumidos por Portugal a nível internacional. (FAP)

A Marinha deverá receber até Setembro os primeiros dois Navios de Patrulha Oceânica

A Marinha deverá receber até Setembro os primeiros dois Navios de Patrulha Oceânica, segundo os Estaleiros Navais de Viana do Castelo.

A partida do primeiro navio de patrulha, o NRP Viana do Castelo, está agendada para 22 de Abril. Este seguirá em direcção a Lisboa após quatro meses de testes operacionais. Já o segundo navio, o NRP Figueira da Foz, deverá partir em Setembro. Os dois fazem parte de um conjunto de oito Navios de Patrulha Oceânica, encomendados pelo Ministério da Defesa. (A Bola)

Exército limpa Serra de Monchique

Na operação iniciada anteontem, 168 militares do Regimento de Infantaria nº 1 (RI1) de Tavira e da Companhia de Pára-quedistas 23 trocam, até hoje, as armas por foices, ancinhos e pás e avançam contra mato denso, com o objectivo de minimizar os riscos de fogos florestais numa zona que, em 2003 e 2004, foi muito fustigada pelas chamas.

"Além de treino operacional, estamos a responder, com este exercício, a um pedido de apoio concreto por parte do presidente da câmara de Monchique e da governadora civil de Faro para a desmatação desta zona, antes do início da época de maior risco de incêndios", referiu o comandante do RI1. O coronel Pereira da Silva revelou que os militares vão voltar "mais vezes" à Serra de Monchique, antes do Verão.

A governadora civil, Isilda Gomes, frisou tratar-se de uma "experiência única em Portugal", que "poderia ser replicada noutros pontos do País". E recordou que já no Verão passado "cerca de 140 militares do RI1 estiveram em Monchique". (C.M)

16 de março de 2011

Atribuição do distintivo alusivo ao curso de fuzileiro

O último dia do mês de Fevereiro de 2011 (dia 28) vai ficar marcado para sempre na memória de todos aqueles que, de forma voluntária, ou chamados para cumprir o serviço militar obrigatório, entraram na Escola de Fuzileiros, de lá saindo com uma boina de cor azul ferrete nas suas cabeças.

Podendo não parecer, mas o que ocorreu neste dia foi o desenrolar de um cordão umbilical que uniu todos aqueles que, orgulhosos, clamam bem alto e a uma só voz, “Fuzileiro uma vez, Fuzileiro para sempre”.

Neste dia, todos os Fuzileiros que ganharam a boina após o ano de 1975 receberam o distintivo alusivo ao curso de Fuzileiro.

Para todos os que estão sedeados na Base de Fuzileiros, este acto de grande simbolismo ocorreu na parada da Unidade aquando da formatura da Unidade às 0915, enquanto na Escola de Fuzileiros a efeméride teve lugar também na respectiva parada ao início da tarde. De destacar a presença de alguns Fuzileiros que, embora exercendo funções noutros Departamentos e Serviços da Marinha, marcaram presença para, também eles, partilharem ao vivo este momento. É de realçar quem, percebendo a importância deste dia para Nós, fizesse centenas de quilómetros para estar presente! Bem-haja.

A ambos os actos presidiu o contra-almirante Picciochi, Comandante do Corpo de Fuzileiros, que proferiu as palavras que se seguem:


Fuzileiros!

Pretende-se, com este acto simbólico, com esta simples cerimónia, encerrar um longo processo, alcançar um desiderato há muito perseguido pelos fuzileiros.
Mas torna-se igualmente importante confinar o evento à sua real dimensão. Mais não se faz do que ultrapassar um impasse legal que se arrastava há demasiado tempo. Não importa o que ficou para trás, mas temos que perceber que, na sua abrangência, não se tratava de um processo simples.

O Despacho n.º 57/10, de 29 de Dezembro do ALM CEMA (OA1 Nº 62 - 29 de Dezembro de 2010) aprova o distintivo alusivo à habilitação com o curso de fuzileiro, com o formato proveniente do atribuído à especialização em Fuzileiro Especial, destinado a ser usado pelos militares que, desde 1975, concluíram com aproveitamento o curso de fuzileiro.
Entrando em vigor 60 dias após a sua publicação, deverão os militares abrangidos, a partir de hoje, e nos termos e uniformes determinados pelo meu despacho n.º 06/11, de 09 de Fevereiro , fazer uso deste distintivo.

Pela importância de que se reveste o conhecimento da História, ainda que recente, lembro que “em Portaria de 06 de Dezembro de 1966, o Ministro da Marinha determina que o distintivo de especialização para oficial fuzileiro especial fosse um sabre baioneta em posição vertical com o gume da lâmina para a direita circundado por dois ramos de loureiro. A Portaria 205/75, de 26 de Março veio estender o uso deste símbolo aos sargentos e praças com o curso de fuzileiro especial .”.

E para os mais novos, os que não viveram estes tempos, lembro também que “o último curso de Fuzileiros Especiais decorreu de16 de Abril a 06 de Setembro de 1974. Em Outubro deste ano, ainda começou uma nova edição, que não chegou a ser concluída. A partir desta data, a especialização em FZE foi suspensa, tendo-se esbatido a diferença que, durante os anos da guerra, caracterizavam os fuzileiros especiais e os fuzileiros navais .”.

Importa, então, neste momento em que são impostos os distintivos de fuzileiro, ter consciência da dimensão e significado deste simples acto. Por três ordens de razão:

Em primeiro lugar, pela importância do símbolo.
Os símbolos identificam os grupos, suportam uma carga histórica que se eterniza, são o elo de ligação daqueles que perfilham algo em comum. Expressam uma identidade, convicções e valores, comportam algum misticismo e, muitas vezes, a “alma” daquilo que representam.

Este símbolo carrega com ele a bravura demonstrada por uma tropa tão respeitada como temida, os actos heróicos de abnegação e entrega levados às últimas consequências, a honra de um servir sem cuidar de recompensa daqueles que cultivam o amor à Pátria.

Em segundo lugar, pela compreensão da razão deste símbolo e não de outro qualquer.
Porque este sempre foi aquele que, em qualquer lugar, naturalmente a par da boina, indica a presença de fuzileiros. Usam-nos nos botes, nas viaturas, em qualquer sítio onde os fuzileiros se queiram ver reconhecidos como tal. O mesmo símbolo que dantes distinguia o que era diferente hoje iguala o que é idêntico.

Mudar um símbolo é apagar o passado, é querer inventar, começar de novo.
Os fuzileiros, com 400 anos de História, sofreram diversas adaptações ao longo dos tempos, sempre no intuito de saber responder a diferentes desafios. Os de hoje pertencem à geração da visão esclarecida do almirante Roboredo e Silva, e se continuam a manter-se na linha da frente, é porque não houve conformismos, mas, outrossim, capacidade de se continuar a antecipar cenários, a procurar garantir a única resposta que sabem dar, em tempo e a adequada. O fuzileiro de hoje igual ao fuzileiro de sempre.

Em terceiro lugar, e porventura o mais importante, pela importância que lhe dão os actuais fuzileiros ao garantirem as memórias de quantos o usaram, e ainda usam. Lembro que na efectividade de serviço permanecem uma meia dúzia de oficiais com a especialização em FZE.

Ao acolhermos as variadas visitas dos antigos Destacamentos de Fuzileiros Especiais, a atenção que sempre lhes dispensamos no Dia do Fuzileiro, nas sentidas homenagens que prestamos aos que tombaram no campo da honra, no enaltecimento dos melhores entre os melhores nas placas toponímicas da nossa Escola, mostramos todo o respeito que cultivamos por quantos combateram no capim, na bolanha e no tarrafo.

E este respeito terá de ser recíproco. Com novos cursos adaptados às novas missões a que os fuzileiros são chamados a participar, nunca foi, nem se aceitará que seja, questionado o valor daqueles que hoje envergam a boina azul ferrete.

Os que hoje aqui estão são os continuadores da áurea criada pelos mais antigos e, tal como dantes, tal como amanhã, responderão sempre de igual forma: “Prontos”!

Dos mais velhos, contamos que vos olhem com o mesmo orgulho que lhes tributamos, que em vós se vejam reflectidos como seus naturais seguidores. Que continuem a sentir que a mística perdura, que sintam que só há uma forma de ser fuzileiro.
Será nesta esteira que o único Fuzileiro Especial a prestar serviço na estrutura do Corpo de Fuzileiros fará, simbolicamente, a passagem deste testemunho.

Como vosso Comandante, imporei o distintivo aos Comandantes das unidades, acto que será replicado pela vossa cadeia de comando.
E em boa verdade, a história começa e termina aqui, porque o entendimento que sempre presidiu e que deu corpo ao documento final foi o de que mais não se fazia do que ultrapassar um impasse legislativo.
A partir de agora, mas mais do que nunca, é-vos exigido a atitude que, em cada momento, se espera de vós, que sejam vistos como uma tropa de elite ao serviço da Marinha e de Portugal.» (Fuzileiros)

CEMGFA no 50º Aniversário Inicio da Guerra do Ultramar

O General CEMGFA participou ontem, 15 de Março, nas Cerimónias do 50º Aniversário Inicio da Guerra do Ultramar. A cerimónia teve como objectivo a evocação do esforço da nação portuguesa e das forças armadas na guerra do Ultramar e partilha de memória e homenagem a todos os vivos, mortos e vítimas envolvidos .

Do programa da Cerimónia, Presidida pelo Presidente da República, Professor Cavaco Silva, constou de uma celebração Eucarística no Mosteiro dos Jerónimos por Dom Januário Torgal Ferreira, Bispo das Forças Armadas e de Segurança; Honras Militares e Salva de 21 tiros; Alocução do PR; Descerramento de uma placa alusiva à efeméride; Homenagem aos mortos com deposição de Coroa de Flores; e desfile das Forças em Parada e sobrevoo de aeronaves.(EMGFA)

Curso de Crow Riot Control da Kfor

Entre 11 e 12 Março de 2011, realizou-se, em Campo VRELO, o curso de CRC (Crow Riot Control).

O KTM em estreita ligação com o J3 da KFOR, organizaram no dia 11 de Março de 2011 uma demonstração estática em que todas as forças expuseram o seu material para controlo de tumultos. Foi efectuado também no mesmo dia uma demonstração dinâmica de tácticas técnicas e procedimentos de CRC.

No dia 12 de Março de 2011, foi efectuado um exercício de CRC em Campo VRELO, onde estiveram presentes praticamente todas as forças da KFOR bem como da EULEX. (EMGFA)

15 de março de 2011

Marinha Portuguesa participa no SEGUREX 2011

Marinha estará presente no SEGUREX - Salão Internacional de Protecção e Segurança, que terá lugar na FIL, Parque das Nações, de 16 a 19 de Março.

Esta feira contará com a presença do Ministério da Defesa Nacional, da Marinha, Força Aérea, Cruz Vermelha e EMPORDEF, e tem como objectivo destacar o papel das Forças Armadas no âmbito da Segurança Nacional, designadamente no apoio às populações.

Actividades:
Demonstrações cinotécnicas dos Fuzileiros -
1ª demonstração entre os Pavilhões 3 e 4 - Sexta-feira das 15h00 às 16h00
2ª demonstração entre os Pavilhões 3 e 4 – Sábado das 11h00 às 12h00 (Marinha)

Presidente da República nas cerimónias evocativas dos 50 Anos do início da Guerra em África

O Presidente da República presidiu às cerimónias comemorativas dos 50 anos do início da Guerra em África, prestou homenagem aos mortos em combate, colocou uma coroa de flores no Monumento ao Combatente e proferiu uma intervenção alusiva.

Nesta Homenagem ao Combatente, e acompanhado por várias entidades civis e militares, o Presidente Aníbal Cavaco Silva descerrou uma placa comemorativa das cerimónias, no muro exterior do Forte do Bom Sucesso, em Lisboa, e assistiu ao desfile do batalhão representativo dos três ramos das Forças Armadas, que prestou as honras militares.

No interior da fortaleza, onde está instalado o Museu do Combatente, visitou uma exposição fotográfica sobre a Guerra em África. (P.R)

Model Troia 2011 - 13.º encontro internacional de modelismo, no Forte do Bom Sucesso


O Clube ModelTroia (CMT) tem vindo a organizar anualmente um Encontro Internacional de Modelistas, o qual se realizará este ano no Forte do Bom Sucesso, no dia 19 e 20 de Março de 2011. Actualmente na 13.ª edição, esta festa do modelismo iniciou-se em 1999 no Pavilhão de Congressos de Tróia.

Entretanto encerrado, congregando modelistas de todo o mundo, de Portugal à Venezuela, passando pela Polónia, Espanha e Reino Unido, entre outros, num evento que tem vindo a integrar diversas vertentes, nomeadamente um concurso de modelismo, uma exposição, “workshops”, stands de associações e comerciantes, num conjunto integrado num cenário propício ao convívio, o qual pela divulgação que obteve em vários órgãos de comunicação, contribui desde a sua criação não só para aproximar a comunidade modelística e as suas famílias, como também para apresentar esta actividade cultural a quem a não conhece.

Com efeito, a construção de modelos à escala conjuga uma ampla diversidade de disciplinas – da escultura à pintura, da geografia à história –, o que permite aos seus integrantes um aprofundamento integrado de conhecimentos, ultrapassando a mera perspectiva do prazer lúdico que lhe está associado e contribuindo para um maior engrandecimento cultural e técnico dos seus praticantes.

Ao fim de doze anos este certame criou tendências nacionais onde antes existiam apenas modelistas dispersos, fornecendo um incentivo ao associativismo e catalizando a realização de concursos de modelismo pelas associações de modelistas entretanto criadas.

Assim, o Clube ModelTroia procura permanentemente parcerias, processos inovadores e eficientes de aproximar o Modelismo quer do conjunto dos seus actuais praticantes, quer daqueles que potencialmente possam vir a adoptar esta gratificante e positiva forma de ocupação de tempos livres.

Como no ano anterior a entrada no Forte é paga ou seja quem entrar no forte tem acesso não só ao Modeltroia mas também às diferentes exposições que estão a decorrer no forte. A entrada (valor que reverte integralmente para a Liga dos Combatentes) será em simultâneo o pagamento de acesso à participação no concurso MT2011, quando os modelistas forem inscrever as suas peças apresentam o bilhete de entrada e não terão de pagar mais nada. O bilhete será pois válido para os dois dias do evento. Os sócios da Liga dos Combatentes não pagam nada pois têm acesso livre.

Preços dos bilhetes:

Individual - € 5.00 (cinco euros)

Familiar - € 2.00 (dois euros) por pessoa

Os bilhetes são válidos para os dois dias (L.C)

Marinha na Futurália - Salão de oferta educativa, Formação e Empregabilidade

A Marinha estará presente na Futurália 2011 – Salão de oferta educativa, Formação e Empregabilidade, que decorre de 16 a 19 de Março na Feira Internacional de Lisboa (Parque das Nações).

A Marinha marca presença com actividades e exposição de meios operacionais, de destacar:
- Torre de escalada;
- Piscina de mergulho;
- Simulador de navegação;
- Simulador do Helicóptero Lynx;
- Meios e equipamento dos Fuzileiros, Mergulhadores, Escola Naval e do Centro de Recrutamento da Armada.

Os jovens têm assim, oportunidade de conhecer e contactar com diversas áreas de actuação da Marinha, bem como participar em demonstrações e actividades lúdicas. (Marinha)

14 de março de 2011

Tecnicas de combate urbano na ISAF

Teve lugar mais uma sessão "Train the Trainers", levada a cabo pela equipa de formadores que trabalha no KMTC, do Contingente Nacional em Cabul, no Afeganistão. Esta é já a 5ª edição destas sessões, que procura transmitir junto dos instrutores afegãos do Team Leader Course, curso que acompanhamos, conceitos e temáticas novas, nem sempre familiares a este exército novo e em grande transformação, aproveitando o tempo de interregno entre instrução.

Desta vez o objectivo era apresentar conceitos e técnicas no âmbito do Combate em Áreas Edificadas ou em linguagem internacional "MOUT" a um universo de oito instrutores, alguns já com muitos anos de exército e com experiência de combate.

A tarefa surgiu na necessidade de introduzir este tema nos conteúdos programáticos do curso a administrar aos futuros sargentos afegãos, pois esta área nunca figurou no programa do curso, programa que é aprovado pelo Ministério da Defesa Afegão, num curso que já leva 9 meses de existência.

No entanto, grande parte das operações de contra insurgência desenvolvidas pelo ANA em conjunto com as Forças de Coligação são em área urbanizada e populacional, como acontece em Bagram, Shkin, Jalalabad, Mazar-e-Sharif e em Kandahar, onde os focos de insurgência se procuram instalar em zonas populacionais, mais fáceis de camuflar e onde a presença de não combatentes dificulta ao máximo a tarefa de quem persegue os insurgentes. A presença de escolas e hospitais também torna apetecível a presença de focos de insurgência, pois dificilmente as forças de coligação lançarão ataques de longo alcance contra estes objectivos, obrigando o combate a ir para uma vertente mais directa e em terreno que a insurgência bem domina e conhece.

No primeiro dia de sessão foram abordadas questões teóricas do MOUT, o surgimento do combate nas áreas urbanas, caracterização do espectro urbano, a multidimensionalidade da ameaça os elementos que influenciam o processo de tomada de decisão no combate urbano e ainda a constituição e organização para combate urbano do escalão Pelotão, Secção e Esquadra e as valências e equipamentos de cada combatente no seu elemento de combate.

Conceitos como Cabo Estratégico, Kit´s de abertura e brecha, explosivos de efeito dirigido, técnica de uso do aríete entre outros, foram encarados com surpresa mas com aceitação.

O primeiro dia acaba com um saldo bastante positivo para ambas as partes.

O segundo dia foi essencialmente prático e todo ele passado numa área edificada construída para o efeito. É uma construção recente mas de grande qualidade. Capaz de albergar forças numerosas.

Numa primeira fase abordou-se as posições de transporte da arma, e técnicas individuais a utilizar na transposição de obstáculos urbanos. A seguir partiu-se para as progressões em área urbana exterior, com e sem anel.

A sessão de treino acabou com algumas técnicas de progressão no interior de edifícios, onde dedicámos mais tempo nas progressões em corredores. Técnicas como a Serpentine, Rolling-T e Thunder foram mais uma vez olhadas com admiração mas sobretudo assimiladas pela vertente útil e pela fácil execução das mesmas.

No último dia, em que a intempérie assolou o nordeste de Cabulobrigando a conduzir a sessão não no exteriormas na sala de aulas, visou essencialmente as técnicas de abertura e brecha, com recurso a métodos mecânicos, explosivos e balísticos, técnicas de entrada em compartimentos, Cross Entry e Hook e como ocupar o compartimento para melhor esclarecer e neutralizar as ameaças, através da conceito de Strong Wall, Center Door e Corner Door bem como os processos de marcação e sinalização no exterior e interior de edifícios.No final e em jeito de jogo de guerra, com recurso a um quadro, detalhámos o movimento de uma secção desde a sua infiltração, ao seu emprego na limpeza e esclarecimento de um edifício de um só piso, com 7 compartimentos e na eliminação e captura de elementos da força opositora.

Todos tiveram oportunidade de revelar algumas experiências nesta área e o seu ponto de vista de como abordariam algumas ameaças presentes neste tipo de cenário urbano. O contentamento era visível em todos.

Para grande satisfação de todos os formadores da 1st Portuguese Training Team, que trabalham com o Team Leader Course, soubemos que foi aceite e aprovada pelo Ministério da Defesa Afegão a disciplina de "MOUT" em horário, que agora consta de forma curricular na formação dos futuros sargentos afegãos. (EMGFA)

Guarda Marco Morgado sagrou-se vice-campeão nacional de Corta-Mato

O guarda Marco Paulo Morgado do Comando Territorial de Viana do Castelo sagrou-se vice - campeão nacional de Corta-Mato, no dia 21 em Felgueiras.

Detentor de diversos títulos, o militar, após o pódio no Campeonato Nacional de Estrada, em Janeiro último, alcançou a posição de vice-campeão nacional de Corta-Mato com o tempo de 36:59,68. Está seleccionado, pela Federação Portuguesa de Atletismo, para participar no Campeonato do Mundo de Corta-Mato que se realiza em Punta Umbria (Espanha) no próximo dia 20 de Março. O seu currículo desportivo pode ser visualizado no anexo que se segue. (GNR)

SEGUREX 2011


O SEGUREX, o maior evento de segurança em Portugal e uma referência nos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa e na Península Ibérica, decorre entre os dias 16 e 19 na Feira Internacional de Lisboa.

Para além da exposição, o SEGUREX 2011 será palco de um vasto programa de conferências e seminários sobre temáticas actuais, demonstrações e ainda uma montra de produtos inovadores.

Guarda Nacional Republicana irá estar presente no Pavilhão 3 e 4 com uma exposição dos seus mais recentes equipamentos e materiais de segurança e protecção ao serviço do cidadão e realizará, no dia 19 de Março, pelas 15h00, no espaço exterior entre os pavilhões acima referidos, uma demonstração (exercício multidisciplinar) do Grupo de Intervenção Cinotécnico da Unidade de Intervenção.
O evento é organizado pela Associação Industrial Portuguesa – Confederação Empresarial / Feira Internacional de Lisboa e tem o seguinte horário: de 16 a 18 de Março – das 10:00 horas às 20h00; 19 de Março – das 10:00 às 18:00 horas. (GNR)

12 de março de 2011

Visita do PR Anibal Cavaco Silva ao NRP Gago Coutinho e NRP Sagres (Vídeo)

Prémio Defesa Nacional e Ambiente 2010

O Prémio Defesa Nacional e Ambiente, criado em 1993, por Despacho Conjunto dos Ministros da Defesa Nacional e do Ambiente e dos Recursos Naturais, tem por objectivo incentivar as boas práticas ambientais nas Forças Armadas Portuguesas, vincando as suas preocupações na preservação dos recursos naturais do nosso país.

Este Prémio destina-se a galardoar a unidade, estabelecimento ou órgão das Forças Armadas que, de acordo com os princípios da Defesa Nacional, melhor contributo preste, em Portugal, para a qualidade do ambiente, numa perspectiva de desenvolvimento sustentável, através da utilização eficiente dos recursos naturais, da promoção de boas práticas de gestão de ordenamento do território e da protecção e valorização do património natural e paisagístico e da biodiversidade.

O regulamento do Prémio (Despacho Conjunto n. º 8383/2007 dos Ministros da Defesa Nacional e do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional) encontra-se publicado no Diário da República, 2ª série Nº 90, de 10 de Maio de 2007.

Desde 1993, concorreram ao Prémio 80 candidaturas de unidades, estabelecimentos e órgãos dos três Ramos das Forças Armadas (Exército: 38; Marinha: 24; Força Aérea: 18), evidenciando assim o seu empenho, preocupação e contributo para a qualidade do ambiente em Portugal, através da salvaguarda dos recursos naturais, na perspectiva da Defesa Nacional. (MDN)

SEMANA EQUESTRE MILITAR

Decorre no Centro Militar de Educação Física e Desportos (CMEFD), em Mafra, nos períodos de 10 a 13 e de 17 a 20 de Março, a 55ª Semana Equestre Militar (SEM). (Exército)

Militares portugueses vão formar tropas afegãs

Monitorar, assessorar, treinar e ensinar os quadros do exército afegão, para que seja feita a transição definitiva da responsabilidade militar é o objectivo da força nacional destacada para o Afeganistão, em Abril.

A missão do contingente português é «treinar e instruir os oficiais do exército nacional afegão e apoiá-los no desenrolar dos seus próprios trabalhos, numa lógica de trabalho de mentoria», explicou à Lusa o comandante do contingente nacional, Fonseca Lopes.

Constituído por 229 militares de três ramos das Forças Armadas, o contingente realizou esta sexta-feira exercícios respectivos a ataques insurgentes, com recurso engenhos explosivos improvisados.

Os exercícios foram efectuados para que seja possível uma avaliação do estado de prontidão operacional nas várias componentes, que englobam capacidades de coordenação, controlo e condução de operações idênticas às que irão encontrar no terreno das operações no Afeganistão.

Fonseca Lopes disse à agência Lusa que o exercício «mostrou que os 229 militares estão preparados» e explicou ainda que os militares poderão precisar de pôr em prática os exercícios quando se deslocam entre o aquartelamento onde irão ficar e os quartéis onde administrarão formações.

O contingente é composto ainda por 11 equipas que possuem elementos da Força Aérea, Exército, Marinha e Guarda Nacional Republicana e que vão operar em quartéis de Kabul.

O comandante do contingente nacional referiu ainda que nas equipas estão integradas três mulheres e que mais de metade do contingente é composto por oficiais de patente superior das forças armadas.

Os primeiros 104 militares partem para o Afeganistão a 28 de Março e os restantes a 18 de Abril.

Até 2014, a NATO previu a retirada gradual das tropas do território afegão. (IOL)

11 de março de 2011

Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas visita a Força Aérea

O Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), General Luís Evangelista Esteves de Araújo, visitou a Força Aérea no dia 10 de Março, tendo sido recebido pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José António de Magalhães Araújo Pinheiro.
Foram prestadas Honras Militares ao CEMGFA, seguindo-se, no Salão Nobre, uma Apresentação de Cumprimentos por parte dos Oficiais Generais, representantes das Categorias de Sargentos, Praças e dos Funcionários Civis da Força Aérea.
A visita prosseguiu com um Briefing sobre a Força Aérea, terminando com a assinatura do Livro de Honra, no Comando Aéreo, em Monsanto.

10 de março de 2011

VISITA DO CHEFE DO ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO ALEMÃO AO EXÉRCITO PORTUGUÊS

Decorreu no período de 02 a 4 de Março de 2011 a visita de S. Ex.ª o Chefe do Estado-Maior do Exército Alemão, Tenente-General Werner Freers, ao Exército Português. (Exército)

9 de março de 2011

Vítor Vaz Pinto assume hoje funções de comandante operacional nacional do Comando Nacional de Operações de Socorro

O Ministério da Administração Interna anunciou hoje que Vítor Vaz Pinto começou hoje a desempenhar as funções de comandante operacional nacional do Comando Nacional de Operações de Socorro (CNOS).

O antigo comandante distrital de Operações de Socorro de Faro substitui no cargo Gil Martins, que foi suspenso na semana passada por estar envolvido num alegado desvio de verbas.

O processo-crime está agora a ser investigado pela Polícia Judiciária. Em causa estão desvios na ordem dos 100 mil euros.

Vaz Pinto já esteve, entretanto, reunido com o secretário de Estado da Protecção Civil, Vasco Franco, e com a estrutura directiva da Autoridade Nacional da Protecção Civil (ANPC).

O CNOS é a principal estrutura da ANPC, que é presidida, nesta altura, pelo general Arnaldo Cruz. (RR)

Portugal entrega CESSNA FTB 337G a Moçambique

No âmbito da Cooperação Técnico-Militar (CTM), a Força Aérea iniciou um projecto ousado e de grande importância, em Maio de 2010, com a recuperação, na Base Aérea Nº1, em Sintra, de duas aeronaves CESSNA FTB 337G, que passarão a fazer parte do dispositivo da Força Aérea de Moçambique.

A primeira dessas aeronaves foi entregue no dia 3 de Março, pelo Ministro da Defesa Nacional, Augusto Santos Silva, que se fez acompanhar pelo Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General José Pinheiro, numa visita oficial naquele país.

O CESSNA FTB 337G, destinado a operações aeromédicas, treino de pilotos e vigilância marítima, dispõe de tecnologias de última geração e pode voar em todas condições as meteorológicas. Tem capacidade para voar 500 horas por ano e poderá funcionar durante seis anos sem inspecção.

A entrega desta aeronave representa o culminar de uma etapa de um processo de trabalho que, no âmbito do CTM, envolve militares de várias especialidades da Força Aérea, que prestam apoio técnico em diversas áreas, nomeadamente, na formação de pilotos aviadores, na Academia Militar Marechal Samora Machel, em Nampula, e de sargentos, na Escola de Sargentos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, em Boane. Vários militares estão a fazer cursos de pilotagem e de mecânica. Outros estão a receber formação na área de electro-aviónica.

O projecto abrange ainda, o desenvolvimento de um mini-centro de medicina aeronáutica e a construção de uma biblioteca.

A formação de pessoal técnico para trabalhos de manutenção e de apoio à actividade aérea é parte fundamental do projecto, para o desenvolvimento futuro da Força Aérea de Moçambique que, e com a ajuda da Força Aérea Portuguesa, tem hoje mais meios e recursos para desenvolver a sua actividade. (F.A.P)

General Garcia Leandro "Não vejo que a Força Aérea e a Marinha possam reduzir mais"

O general Garcia Leandro reconhece, em entrevista ao Diário Económico, que as forças armadas "não podem ser excepção" nos cortes impostos pela crise. "As forças armadas não podem ficar de fora das restrições orçamentais", diz o ex-governador de Macau, que não entende, ainda assim, como a Força Aérea e a Marinha poderão cortar mais nos respectivos orçamentos: "A dada altura estão nos limites", acrescenta o actual presidente do Conselho Consultivo do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo, que apresenta, amanhã em Lisboa, o livro "Macau nos Anos da Revolução Portuguesa 1974-1979".

"Julgo que o Governo e o Presidente da República estão conscientes de que há limites abaixo dos quais não se pode baixar [o orçamento para a Defesa], mas dito isto, as forças armadas não podem ficar de fora desse esforço de contenção orçamental", afirma Garcia Leandro. "Mas o que também digo, neste livro, é que esta situação era previsível há dez anos, e perfeitamente evitável".

Indo mais fundo na origem do problema económico, o general concretiza a resposta que aborda nesta obra: "Acho que a responsabilidade está nos partidos políticos, claramente". "Não é a arquitectura política do país que está em causa, mas são as pessoas que têm vindo a desempenhar funções políticas ao longo destes anos que têm enormes responsabilidades pela situação em que nós estamos", diz Garcia Leandro, que terá Ramalho Eanes e Almeida Santos na apresentação do livro.

O que traduz nesta obra sobre mais de três décadas de democracia e desde a governação em Macau "é uma questão de pessoas e de comportamentos". "É [um livro] sobre as fragilidades humanas e sobre o comportamento em funções de Estado. E o que nós encontramos aqui em Portugal, infelizmente, é que as pessoas vão para essas funções de Estado sem terem uma preparação e sem uma visão ética de Estado, de serviço de Estado. De onde é que vêm as pessoas, normalmente, para os partidos políticos? De uma origem geográfica, de regiões, autarquias, freguesias: distribuem-se lugares", diz o autor. "Mas também das juventudes dos partidos e dos sindicatos, portanto [essas pessoas] não têm uma visão de Estado: não têm uma visão da situação internacional e os erros vão-se acumulando. Este capítulo [do livro] é quase um grito de desespero. E, de certo modo, um testamento, porque está um bocadinho fora do livro", diz.

Garcia Leandro escreve também, nesta obra, sobre como "governar com responsabilidade", abordando a actualidade. Questionado sobre que ética de Estado defende, reage com um exemplo: "Ainda agora tivemos uma situação na Assembleia da República, com determinados partidos a quererem marcar uma limitação para as remunerações dos gestores de topo, e os dois partidos do bloco central não querem". "É evidente que há uma distribuição de lugares que fazem o bloco central e são os dois maiores partidos os grandes responsáveis. Eu e algumas pessoas temos pensado que talvez pudesse haver uma quarta República, mas não vale a pena, porque as pessoas são as mesmas: ou os partidos se reformam ou ...", diz Garcia Leandro para quem os apoios da Igreja Católica e da China foram os principais trunfos nas melhorias que permitiram uma transição de Macau bem sucedida, mais tarde, em 1999.


O livro "Macau nos Anos da Revolução Portuguesa

1974-1979" e as "fragilidades humanas"

Neste livro sobre Macau, quando descreve o Portugal actual fala em "aceitação silenciosa do empobrecimento colectivo, desalento, impotência e cepticismo". Qual é a resposta, que intencionalmente não deixou no livro?

Eu acho que a responsabilidade está nos partidos políticos, claramente. Não é a arquitectura política do país que está em causa, mas são as pessoas que têm vindo a desempenhar funções políticas ao longo destes anos que têm enormes responsabilidades pela situação em que nós estamos.

É uma questão de pessoas?

É uma questão de pessoas e de comportamentos.

O livro aborda com abundância as "fragilidades humanas". É essa a questão essencial?

Sobre as fragilidades humanas e, chamo a atenção embora tenha tido grandes dúvidas em escrever isso, sobre o comportamento em funções de Estado. E o que nós encontramos aqui em Portugal, infelizmente, é que as pessoas vão para essas funções de Estado sem terem uma preparação nem terem uma visão ética de Estado, de serviço de Estado. De onde é que vêm as pessoas normalmente para os partidos políticos? É de uma origem geográfica, região, autarquias, freguesia, distribuem-se lugares. Mas é também das juventudes dos partidos e dos sindicatos, portanto não têm uma visão de Estado: não têm uma visão da situação internacional e os erros vão-se acumulando. E portanto esse capítulo quase que é um grito de desespero. E, de certo modo, é um testamento, porque está um bocadinho fora do livro.

No livro escreve sobre "governar com responsabilidade" e reporta para o tempo e situação actual. É isso a ética do Estado que defende? A necessidade de "despachos antiprendas" como os que lançou em Macau enquanto Governador do território entre 1974 e 1979?

Não é só isso, embora decisões como a do "despacho antiprendas" sejam de importância evidente. Mas ainda agora tivemos uma situação na Assembleia da República que foi determinados partidos quererem marcar uma limitação para as remunerações dos gestores de topo e os dois partidos do bloco central não querem. É evidente que há uma distribuição de lugares que fazem o bloco central e são os dois partidos os grandes responsáveis. Eu e algumas pessoas temos pensado que talvez pudesse haver uma quarta República, mas não vale a pena, porque as pessoas são as mesmas: ou os partidos se reformam...

Defende a reforma dos partidos ou a reforma das pessoas?

Repare, somos portugueses: o António Barreto, Medina Carreira, Ernâni Lopes, Jorge Sampaio já disseram isto. Toda a gente anda a dizer isto. E mais, não se pode governar a pensar no dia seguinte.

Qual é a razão, ou razões, para as coisas não mudarem, apesar de tanta gente afirmar essa necessidade como refere?

Acho que tem uma visão de interesses pessoais, de interesses partidários. O povo português teve, em determinadas alturas, momentos áureos de riqueza mas de que o país não beneficiou: beneficiaram algumas famílias. As revoluções têm sido outra coisa muito má, porque o poder cai na rua, há grandes roubos e grandes assaltos. O século XIX e o século XX são demonstrativos disso: a revolução liberal, a guerra civil, o regicidio de 1908, a revolução de 1974. Quantas pessoas enriqueceram depois do 25 de Abril e que não tinham nada antes? Onde é que foram buscar o dinheiro? São perguntas que toda a gente faz, mas hoje as pessoas têm a noção do país em que estão e a revolta... Quer dizer, há uma desconfiança muito grande de todas as instituições e somou-se a isto também a banca, porque a banca era uma entidade respeitada: hoje também não há confiança na banca...

O que acha que provocou essas novas desconfianças?

Temos toda esta crise que vem desde 2008 e que tem origem na banca. Na especulação, e no nosso caso cometemos o gravíssimo erro de ter destruído o aparelho produtivo. Destruímos a agricultura, as pescas e a própria indústria: portanto nós importamos a maior parte da alimentação que compramos e, portanto há todo um processo que as pessoas vão vivendo.

"Uma grande coligação entre vários partidos"

No livro, diz que a sociedade não reage. Já percebeu as razões?

Há quatro razões para não haver reacção: primeiro são os subsídios: enquanto as pessoas tiverem os subsídios não reagem. Outra, porque há claramente 20% de economia paralela. Outra são as pessoas que estão a recibos verdes e quem tem recibos verdes está muito inseguro, portanto não faz nada. E outras são ajudas familiares e comunitárias. Portanto, há aqui um processo de equilíbrios e de ajudas, mas um dia podem acabar os subsídios e vamos passar por uma grande crise. Mas penso que o povo português percebe que, apesar de tudo, é melhor esperar do que ter essas reacções disparatadas como na Grécia. Isso só piorava as coisas. O que tem que se fazer é a reforma dos partidos. Tem que haver uma grande coligação entre vários partidos, como várias pessoas têm dito e o doutor Jorge Sampaio tem insistido muito nisso. E mais: é a necessidade de haver programas que ultrapassam uma legislatura. Actividades que sejam a oito ou dez anos: não se pode estar sempre com esta limitação de muito curto prazo que são as próximas eleições, e às vezes não se saber se o Governo chega às próximas eleições. Aliás, parece-me que neste momento é melhor que o Governo chegue ao final: o Governo tem que ser responsabilizado e mudar neste momento o sistema não melhorava nada a situação. Aliás acho que o líder do PSD tem perfeita noção disso.

Ainda sobre essas "fragilidades humanas" que descreve no livro: as pessoas são hoje piores do que eram nesse tempo do seu governo em Macau?

Claramente, hoje são muito piores. As pessoas de grande qualidade política que se envolveram quer na área política, quer na área económica, afastaram-se todas. Ou afastaram-se por idade ou por cansaço ou foram afastadas. Não há comparação. Havia uma grande fé, havia luta, ideais e a juventude das lutas universitárias do 25 de Abril, tudo isso. Havia uma fé em mudar o sistema.

As pessoas deixaram de concentrar-se na ideologia e na política para optarem pela focagem na parte económica, da sobrevivência e da gestão do dia-a-dia? É isso?

As pessoas hoje pensam na conta bancária. Mas para onde foi o dinheiro da CEE? Alguém sabe dizer-nos, estatisticamente, rigorosamente, para onde é que foram as ajudas da CEE, que vieram? Tem vindo dinheiro aos milhões.

Tem uma ideia de para onde foi esse dinheiro?

Deve estar nas contas de alguém.

"Tive um apoio enorme da Igreja Católica e dos chineses"

Este livro pretende também ser uma obra sobre o país na actualidade e sobre a governação?

Não. Este livro é um registo histórico, indispensável, que não estava feito. De uma época muito difícil em que o país passou por situações em que cada um só conhecia bem a área em que estava a viver, e portanto houve coisas que correram muito mal. No caso de Macau correu bem, mas foi um esforço enorme de quem lá estava, com apoios: tive um apoio enorme da Igreja Católica e dos chineses. E portanto é uma obrigação de cidadania e um registo para a história, que tem que ficar feito. Quando era novo lia muito, nasci em Angola e o meu pai tinha uma grande biblioteca do Ultramar. E portanto todos os governadores gerais, todos os comandantes militares faziam relatórios: havia livros, e tal. Aliás, hoje estamos a regressar a isso através de investigadores universitários.

Nesse sentido era repartida a preocupação?

Com a necessidade de acabar as guerras na Guiné, em Angola e em Moçambique, era uma coisa dispersa. Depois S. Tomé e Cabo-Verde, sem falar aqui no Continente e nas ilhas dos Açores e Madeira. Havia e há um desconhecimento das coisas, e pergunta-se, porque é que Macau deu este resultado. Mas as sementes foram postas em determinada altura. Além do apoio da Igreja Católica, as grandes questões são o estatuto orgânico de Macau - criando um estatuto diferente, em que Macau se governa lá - com uma Assembleia Legislativa semi-eleita, que não podia ser eleita na totalidade. Com o apoio da China, claramente. Depois, a alteração das forças de segurança interna, não eram necessárias forças militares, porque não tínhamos ameaça exterior.

Foram introduzidas mais alterações?

Foram também no sistema bancário. O regime anterior tinha uma lógica, boa ou má tinha uma lógica centralizada em que a banca também estava. Os governadores gerais eram agentes políticos mas tinham agentes na banca. E quando Macau passa a ter um estatuto de autonomia, a banca tem que depender do governo de Macau. O Banco Nacional Ultramarino tem que depender de Macau. Não pode ser como a agência há aqui na Avenida de Berna ou em Mangualde. E essa foi a grande alteração, não só de pôr o banco a cumprir as orientações do governo na área monetária e financeira, mas fazer com que passasse a haver mais receitas para o território. Porque as receitas vinham todas de Lisboa. São grandes alterações estruturais, bem como a questão da negociação longuíssima, e com sucesso, para a nomeação do bispo [de Macau, Arquimínio Rodrigues da Costa], que foi uma coisa fabulosa a forma como decorreu. Mas também as negociações diplomáticas com a China em que tivemos um papel importante.

Como apoiou em concreto a Igreja Católica o seu governo em Macau nesse período que designa como "muito difícil"?

A Igreja Católica tinha uma ocupação muito forte, em todas as áreas de actividade em Macau relacionadas com a Educação, a Saúde e a Assistência Social. Fundamentalmente na área da Educação. E depois também com posições políticas: havia padres ultra-conservadores, padres que tinham estado presos na China e portanto a visão deles relativamente à China era muito a preto-e-branco. Mas havia também uma Igreja moderna. Mas sobretudo o que aconteceu foi que a Igreja ganhou confiança em mim.

Tudo isso resulta da sua formação católica dos tempos do Colégio Militar ou, por outro lado, da sua personalidade política e dos consensos que alcançou em Macau?

Fui formado dessa maneira, mas portanto há um momento [que o autor descreve no livro] em que tenho esta conversa com o padre Maio, que era o provincial dos Salesianos, e que pretendia encerrar uma escola muito importante: disse-lhe que não podia encerrar essa escola. Era muito importante o Colégio de D. Bosco, uma das melhores escolas primárias e secundárias, e técnico-profissional em Macau. Tinha uma importância brutal, mas ele estava tão desesperado com a situação em Portugal que chegou a este ponto. Mas disse-lhe, "não faça uma coisa dessas": fiz uma acção de missionação sobre um missionário. O padre Maio foi de Lisboa a Macau com essa missão, e eu consegui parar aquilo, graças a Deus.


"Para mim a confiança é nas pessoas, independente de esquerda ou direita"

Também tinha, nesse tempo, a confiança de pessoas mais à esquerda?

Para mim a confiança é nas pessoas, independentemente da esquerda e direita que não me diz nada, e cada vez menos. De facto, ali, o que havia naquele momento específico era um sistema que estava bloqueado com pessoas que eram da direita. Muito paralisado, de uma forma muito dogmática. Passei a minha vida no Ultramar, e o Ultramar não evoluía ou evoluía pouco. Aliás, Angola e Moçambique desenvolveram-se muito depois do princípio da guerra, muito com o esforço dos efectivos militares que foram para lá e que passaram mais tempo a construir e a ajudar as populações do que a guerrear. A ajudar as populações na saúde, escolas, etc..É evidente que ali [em Macau] havia uma desconfiança em relação à direita, mas também em relação ao Partido Comunista e à extrema esquerda. Aquilo acabava por ficar muito ao centro: era o Partido Socialista e era PSD. Mas muito mais importante, como sempre foi para os portugueses, eram as personalidades: o doutor Mário Soares e o doutor Sá Carneiro deram essas garantias. Como o general Spínola ou o general Eanes: quando diz isso da esquerda e direita, para mim não faz muito sentido, na altura talvez fizesse. São as reformas da sobrevivência de Macau: não havia alternativa se mantivéssemos o estatuto anterior. E manter uma desconfiança teria dado muitos problemas, quando se tratava de manter a soberania: quando dizemos que é um território sob administração portuguesa, isto é uma frase de uma importância e de uma delicadeza espantosas. Estamos lá, por aluguer, ou somos visitantes. E isto abriu tudo. E depois tinha que negociar com a China o estatuto, mas não tinha relações diplomáticas com a China. Como é que faço? Então nomeei a tal comissão, em 27 de Dezembro, que trabalhou muito bem. E depois tive esta ideia de publicar o estatuto, e de o pôr durante um mês à discussão: em português e em chinês. O que dava a oportunidade à China de mandar os seus recados: a China mandava propostas e era a maneira que eu tinha.

De negociar sem o fazer formal ou institucionalmente?

Sim. Quando mando o projecto para Lisboa, não tenho dúvidas de que tenho o apoio chinês para aquilo. Realmente, sempre tive atrás de mim a China, além da Igreja Católica. A grande dúvida da China era se Macau iria ser um instrumento dos soviéticos contra nós: quando perceberam que não, ficaram descansados.

A Igreja Católica aproximava-o das pessoas e a China dessa negociação?

Exactamente.

Essa é a chave para terem sido melhores os resultados do que em Timor, onde se verificou a invasão por parte da Indonésia?

Não quero fazer juízos sobre Timor, porque não estava lá. Tenho um capítulo sobre Timor, porque tenho conhecimentos pelo que vi. Conheci bem Timor, onde a minha filha mais velha nasceu, e estive 27 meses entre 1968 e 1970. Agora, fazer julgamentos estando longe quando aquilo aconteceu...

Mas foram esses dois apoios os segredos do sucesso de Macau?

São regiões muito diferentes. Macau é uma zona urbana, tem ao lado Hong Kong que ajuda muito, os chineses não estavam com pressa nenhuma de levantar problemas. E eles só levantariam problemas se houvesse convulsões internas em Macau. Como aconteceu em Timor, que abriu a porta à Indonésia. Depois o território de Macau é bastante mais pequeno que o de Timor, que é relativamente grande, com uma orografia muito difícil com montanhas e vales muito fortes e grandes florestas e uma população rural. Portanto, são situações muito diferentes e nem sequer queria entrar por aí. Queria apenas dar dados, porque foram coligidos por mim. Mas acho que não se podem fazer comparações.


"Empresários portugueses havia muito poucos em Macau"

O que ficou de Macau para Portugal?

O que é que ficou? Ficou este relacionamento que levou depois à transferência da administração em 1999. Deixámos aquilo a que chamo uma jóia em Macau. Uma jóia no que diz respeito a infraestruturas, a capacidade de prestação de serviços e ao relacionamento com os chineses. Antes não era assim. Há uma coisa que conto no livro: pouco tempo depois de chegar fui visitar o Hospital de Kiang Wu, que era o 'ex-libris' daquilo que a população chinesa de Macau tinha realizado. Tinha sido inaugurado em 1872. E em Dezembro de 1974 eu sou o terceiro governador a visitar o Hospital de Kiang Wu. Portanto, há aqui um afastamento visível, que não pode acontecer: tem que se integrar. E nós puxámos muito a população chinesa a nós através do desporto, das escolas e da saúde.

Qual era o papel dos empresários?

Empresários portugueses havia muito poucos em Macau: havia o BNU, mais uma ou outra empresa, pouco mais. Porque a economia de Macau não era a da potencia colonial, mas a dos locais. Aliás, nós chegámos a Macau, em 1513, com meia dúzia de gatos pingados. Portanto, tinha que ser uma situação de coabitação e a economia era dominada por interesses chineses e ingleses. Por isso, era muito difícil levar empresas portuguesas para Macau. Mas acabando a resposta do que ficou de Macau: ficou isto. É que a China percebeu a importância estratégica da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa], a que aqui em Portugal se tem dado pouco significado. Então a China, como quer entrar no mundo da lusofonia, sediou em Macau o secretariado das relações com a CPLP e já se fizeram em Macau congressos das universidades de língua portuguesa, dos empresários de língua portuguesa, dos escritores de língua portuguesa, jogos desportivos dos países lusófonos, etc.. E Macau, como a China está em fase de expansão, tem ali uma base de apoio, e devemos privilegiar esta relação com a China.

Como acha que se pode potenciar essa relação?

Independentemente do regime, porque se fala de um regime autoritário, mas é um regime autoritário em transição. E os chineses nunca viveram tão bem como vivem agora. Os chineses agora é que estão expansão e também é único na História haver um único governo a governar 1,3 mil milhões de pessoas. Tem que se tentar perceber que isto é uma realidade diferente e há alguma autonomia já para as regiões, nas províncias de Cantão, Xangai, etc. têm capacidade para definir as remunerações dos seus funcionários públicos. Portanto, há alguma autonomia, agora, numa população de 1,3 mil milhões já há 400 milhões a viver bem. Os restantes são rurais, é certo, mas há um processo evolutivo em muito pouco tempo. Tem a ver com a própria maneira de viver dos orientais que é a da honra pessoal e o facto de ser mais importante a comunidade do que a pessoa. E eles estão habituados a isso. Agora, consoante esse esforço, eles continuam a trabalhar mas colhem os resultados desse esforço.

Até que ponto subiu o nível de vida na China?

Não sei se o nível de vida das pessoas subiu muito, mas subiu alguma coisa. O que sei é que aumentou muito a capacidade do Estado chinês. O Estado chinês hoje tem poder. Há uns anos ouvia um dirigente chinês dizer que os ocidentais falavam muito nos direitos humanos, mas dizia ele que os direitos humanos é comer todos os dias, ter casa, ter médico: isso é que são os direitos humanos. Temos que começar por aí. Há aqui uma grande diferença na filosofia de vida entre os ocidentais e os orientais: para os ocidentais é o indivíduo que está no centro, para eles é a comunidade que está no centro.

"A pior coisa que pode acontecer é deixar o poder cair na rua"

Estes anos entre 1974 e 1979 que descreve, coincidentes com o seu governo em Macau, foram os mais difíceis para Portugal neste período da democracia?

Foram muito difíceis, mas creio que o regime anterior com Marcelo Caetano poderia ter dado um grande salto para resolver o problema. E a pior coisa que pode acontecer para um país é deixar o poder cair na rua. Como é que resolve alguma coisa deixando o poder cair na rua e fazer, ao mesmo, uma descolonização. Tudo isto poderia ter sido programado, planeado com os próprios movimentos, um programa a dez anos ou a 20 anos era perfeitamente possível. Como é que se ultrapassou aqui, em Angola e em Moçambique? Diz-se que o que sobreviveu melhor foi Cabo Verde, é um bom exemplo. Agora, o período que nós estamos a viver era para mim completamente imprevisível. Como é que é possível que isto aconteça? Só por irresponsabilidade. Nem eu! [exclama, repetindo a frase conclusiva que utiliza no livro].

Esse período foi o mais difícil da História recente de Portugal?

Em cima da minha geração, nasci em 1940, caiu tudo. Mas um dia fiquei descansado: foi no dia 1 de Janeiro de 1986. Veio a Comunidade Económica Europeia, não vamos ter mais problemas. Mas não aproveitámos bem. Veja que arranjámos sempre alternativas estratégicas para as soluções do país enquanto o mundo não estava todo descoberto: saltámos do Oriente para o Brasil, do Brasil para África, da África para a Europa. Agora temos o mar, mas para o aproveitarmos temos que ter capacidades próprias: o mar pode ser o ouro do Brasil novamente. E o ouro do Brasil quem é que beneficiou? Beneficiou algumas famílias, o Convento de Mafra, e essas coisas que surgiram. E não teve consequências na educação da população, nem na economia, na agricultura e aí há muita culpa da Igreja: uma Igreja ditatorial, concentracional: é a Igreja da Inquisição. Todos sabemos a luta que foi nos países europeus para fazerem a separação entre o Estado e a Igreja. Aliás, nos países protestantes, no Centro e Norte da Europa, essa separação dá-se mais cedo.

"Uma maior intervenção da sociedade civil"

Regressando, de novo, ao momento actual e em jeito de fecho de ciclo: a resposta de que fala neste livro é a da "indignação"? Em que termos?

Creio que a resposta é uma maior intervenção da sociedade civil.

Qual acha que será o limite para as pessoas?

Não sei. Talvez quando as pessoas começarem a passar fome. Mas faço parte de um grupo chamado PASC [Plataforma Activa da Sociedade Civil], que envolve 18 associações e tem a Confederação Nacional das Associações de Família, tem a APSDI, tem a Associação Portuguesa de Imprensa. Tem muitas associações de origens diferentes e o que se está a pretender é ter um trabalho sobre todas as áreas, desde o mar, o sistema político, a parte da demografia, a importância da tecnologia, etc., para mandarmos recados ao Governo. Mas não só. Nas eleições presidenciais enviámos uma carta a cada candidato com uma lista de sugestões em que dizíamos: "não vale a pena ser candidato se não tiver em consideração esta e esta situações". Quando fizemos a nossa apresentação sobre o mar e as pescas enviámos também uma carta ao primeiro-ministro. E a Saer também faz parte, aliás o professor Ernâni Lopes bateu-se até ao limite pela importância do mar. Avaliou a sua visão estratégica para as empresas.

Também colocava a ênfase nas questões de comportamento.

Exactamente. Aliás a nossa grande questão e a nossa grande crise, antes de ser financeira, é uma crise de valores. Qual é o português que tem confiança em quem está no Parlamento? Isto sem pôr em causa excepções honrosas: há pessoas com muita qualidade e que trabalham muito. Esta máquina de poder que ou está no Parlamento ou está no Governo ou na oposição e quando toca aos interesses dos partidos defendem-se como uma organização corporativa.

Está a excluir o Governo e a Presidência da República?

O Presidente da República, apesar de tudo, tem sido a referência de confiança e de estabilidade. Ninguém é perfeito, mas é ali que tem uma posição de estabilidade, com mais ou menos intervenção. Mas o Presidente da República tem sido sempre ao longo destes anos esse símbolo de confiança, como se vê pelas sondagens. Agora nesta fase actual, o Presidente da República diz que vai ter uma intervenção maior. Estamos numa fase pós-democracia: estamos a falar do período pós-74 até à consolidação da democracia e com a entrada na Comunidade Económica Europeia, tudo isto tem um sentido e um rumo. Mas tem-se vindo a degradar e assim é, fundamentalmente desde os finais do século XX, nesta década. Tem que haver aqui uma grande mudança.

Pode concluir-se deste seu livro, e das suas palavras, que melhorando as pessoas se melhora o país?

Eu acho que sim, mas não vamos melhorar as pessoas, o país é este.

Qual é a chave?

Não tenho chave. Acho que é melhorar as pessoas e melhorar o comportamento dos partidos, com certeza. Agora, o passo a seguir é que tenho dúvidas que seja possível. Imagine que os partidos que nós temos a, b, c, d, e mudavam para f, x, y e z, seria diferente? As pessoas eram as mesmas. Por exemplo, a Itália mudou. E Itália, todos os partidos históricos que vieram da II Guerra Mundial desapareceram todos, agora há outros. Mas a vida política italiana não mudou muito. Se calhar as pessoas são as mesmas. Mas há aqui uma necessidade de modificação de procedimentos. Eu creio que Portugal só tem reagido quando está à beira do abismo e a população, nesse aspecto, é muito madura. E tem, ou tinha, que não sei se ainda será assim, hábitos de uma vida muito sofrida de dificuldades e em que aguentava muita coisa.

O que mudou então?

O período depois de 1976 aumentou muito as expectativas, e o que acontece é que vivemos muito melhor mas sem ter uma capacidade produtiva correspondente: estamos a viver acima das nossas possibilidades, como toda a gente anda a dizer. Mas também vivemos acima das nossas possibilidades porque não produzimos em condições e porque, pergunto, e gostava que alguém me desse a resposta, onde é que estão os fundos que vieram da CEE? Porque esses fundos foram mal empregues: fundos para formação, fundos para várias actividades, onde é que esses fundos estão? Devem estar em contas bancárias com certeza.

Noutro plano, o sector da Defesa não foi excepção este ano nos cortes motivados pela crise. Qual a sua opinião sobre os efeitos práticos nos salários e na operacionalidade das forças armadas?

Os cortes, creio que há uma enorme falta de preparação na maior parte dos responsáveis nas questões de segurança e defesa: eles fazem o 'on job training' e isso não se pode fazer. São coisas que se aprendem. É uma base conceptual e temos que perceber duas coisas: primeiro perceber o mundo e que está a mudar muito. E depois, perceber o que é o país e o que quero do país em termos de segurança. Tenho que perceber o mundo e o país, e aqui as forças armadas não podem ficar fora dessas restrições orçamentais. Mas são um bocadinho máquinas ou estruturas que, a partir de certo número de limitações, podem desabar.

Qual acha que é o caminho ideal a seguir?

Não sabemos o que será o futuro da segurança inter-europeia. E as guerras dos séculos XIX e XX, neste momento não se colocam. Hoje há um outro grande problema que é o das ameaças trans-nacionais, como é o crime organizado e o terrorismo internacional, o que dá mais importância às forças de segurança e necessita que as forças armadas, em caso de grandes calamidades, dêem esse grande reforço às forças de segurança. E no âmbito desses problemas novos também há o problema da desregulação do clima: uma coisa gravíssima como nunca aconteceu. E portanto aí, é também um problema onde as forças armadas reforçam. Há dois casos relativamente recentes: primeiro a tragédia que aconteceu na Madeira [com as enxurradas de 20 de Fevereiro de 2010]: quem deu todo o apoio foi o Exército e a Marinha. Depois, esta cimeira [da NATO em Lisboa, em 19 e 20 de Novembro de 2010] que tivemos aqui. É evidente que é um problema de segurança, mas reforçado pelas forças armadas: o espaço aéreo e o espaço marítimo estavam todos vigiados e o exército tinha montado um sistema de segurança anti-aérea de todo o país. Portanto, nós fazemos parte de um 'puzzle' em que as peças têm que encaixar umas nas outras, mas também nos dão responsabilidades. Temos que responder a estes requisitos das instituições como a NATO e a ONU de que fazemos parte e não podemos falhar.

Tem havido algumas falhas nesse percurso?

Não temos falhado, fundamentalmente por duas razões: porque temos tido uma intervenção internacional muito grande, para aqui e para acolá, etc. Há pessoas que não percebem, mas isso dá-nos estatuto internacional e respeitabilidade. Por outro lado, a preparação do nosso pessoal, que para onde vai, faz bem. Eu era comandante operacional no exército em 1998/99 e antes, como segundo comandante, tinha estado a fazer a preparação das forças que íam para a Bósnia em 1996. Tivemos um desempenho absolutamente impecável. E mais: somos respeitados por todos os outros. O sector onde estava esse nosso batalhão em 1998 eram um sector de confrontação de etnias e de religiões: se estivesse lá outro país, que não quero dizer qual, daqueles que resolvem tudo à pancada e mal, aquilo tinha dado asneira. Talvez esteja nos nossos genes, e de toda a história que temos de contactos em todo o mundo, a capacidade de comunicar: eram bósnios, sérvios, croatas, ortodoxos, muçulmanos, e aquilo funcionava maravilhosamente. Estive em contacto com todas as entidades de que dependia o nosso batalhão - havia um comando italiano em Sarajevo, uma divisão de comando francês em Mostar, além da SFOR, com um general americano - e tudo aquilo era uma força de qualidade. De tanta qualidade que, quando um comando dá essas garantias, passa a ser reserva. E as nossas forças passaram a ser reserva docomando da SFOR. E isto passa-se também com as nossas forças de segurança. Quando o Sérgio Vieira de Mello [antigo responsável da ONU, morto num atentado em Bagdade, em Agosto de 2003] estava em Timor e há uma substituição da Polícia Militar em Díli, ele quis levar portugueses e foi para lá a GNR.

E tudo isso tem origem em quê?

Tem a ver com a boa formação, visível em várias áreas e que ultrapassa muitas vezes a nossa dimensão e proporção. E dá-nos estatuto e respeitabilidade. Mas também é preciso perceber como o Governo percebe, o Presidente da República, e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, que é um grande ministro, que isto é a nossa política externa. A área de maior sucesso na política externa em África, com os países da lusofonia, é a cooperação técnico-militar e técnico-policial. Nós estamos a formar polícias e militares e a construir os quartéis e o sistema de alimentação. O que acontece é que essas missões a que chamam agora de apoio de paz, foi muito o que nós fizemos na guerra do Ultramar. Independentemente do combate, havia essa questão do 'know-how' antigo.

E como prejudicam tudo isso as actuais limitações financeiras?

Isto está a atingir os mínimos. Por outro lado, o serviço militar obrigatório fazia grande parte da integração e da educação. E aquilo que o deveria substituir [o serviço militar obrigatório] não tem sido feliz, a educação não tem sido feliz, a televisão não é um modo de educação, bem... o que temos é um sistema profissional e que tem efectivos que respondem a compromissos internacionais. Quando existe essa redução orçamental, a nossa capacidade de intervenção é reduzida. Por exemplo a Marinha e Força Aérea são essencialmente equipamentos, enlatados que já estão feitos: o navio já tem aquele formato e o avião também. Precisa daquele pessoal e não pode ter menos do que aquilo. O Exército já é diferente, pode-se montar de várias maneiras, em módulos, onde um homem é importante: não só a máquina mas o homem. Portanto, não vejo que a Força Aérea e a Marinha possam reduzir mais, porque a dada altura estão nos limites. O Exército também é muito sofisticado, embora o homem seja importante: se se baixar muito a nossa capacidade de intervenção, quer no interior quer no exterior, diminui. Uma das coisa quando havia o serviço militar obrigatório era dar muito apoio aos bombeiros, quer na prevenção quer na fase final dos fogos. Hoje isso está muito limitado, porque a capacidade está muito limitada, como acontece na construção de estradas. Fazer uma estrada ou uma ponte onde ninguém vai, isso também é uma política de Estado.

Qual é o papel mais importanet da Defesa e da Segurança em Portugal?

Segurança é importante: segurança, bem estar, progresso. Julgo que o Governo e o Presidente da República estão conscientes de que há limites abaixo dos quais não se pode baixar [o investimento], mas dito isto as forças armadas não podem ficar fora deste esforço de contenção orçamental. O que digo no livro, e está na contra-capa, é que esta situação era previsível e evitável. Isto há dez anos que já se sabia. Portanto, continuando a gastar sempre acima das nossas capacidades, é impossível. Quem manda é quem paga e há que fazer aqui uma grande mudança e julgo que é bom que nós aprendamos. Os antigos presidentes da República têm tido intervenções úteis a esse respeito. Mas são intervenções de conselhos e de experiência, não podem ir muito mais longe do que isso. (D.E)