19 de abril de 2012

Centro de Tropas de Operações Especiais celebra 52 anos

Aqui,” aprende-se o significado da palavra Pátria, a terra dos nossos pais”, disse o Comandante do Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), sedeado na cidade de Lamego, no discurso que dirigiu às tropas em parada, na cerimónia que teve lugar no dia desta unidade militar.

O Coronel Gomes Teixeira, no seu discurso, começou por realçar a presença de diversas entidades, destacando o presidente da Câmara de Lamego, Francisco Lopes, a deputada Teresa Costa Santos, o representante do bispo da diocese, o adido militar do Brasil, o Cte da Brigada de Reacção Rápida, Major General Santos Serafino, para além de outros militares, incluindo antigos comandantes do CTOE e oito oficiais generais.

Em seguida destacou as actividades de cooperação com diversos países, nomeando o Brasil, a Argélia, Marrocos, França, Chile e a presença de militares da unidade no Kosovo e no Afeganistão.

A certa altura agradeceu a colaboração que tem recebido dos seus subordinados, no cumprimento dos seus deveres, “com respeito e dedicação à causa militar, à unidade e à Pátria que juraram defender”. Salientou ainda que esta cerimónia representa um encontro fraterno entre os militares e a cidade que os acolhe.

O Cte da Brigada, Major General Santos Serafino realçou a importância dos serviços prestados nos diferentes teatros de operações, mas de um modo especial o estado de prontidão da unidade, como exige o interesse nacional. Referiu-se ainda à dedicação, trabalho e empenho do CTOE, em termos de recursos humanos altamente qualificados e preparados. Terminou dizendo que esse estado de prontidão se consegue com treino exigente e com “rigor na formação dos militares e na vivência dos mais altos valores morais que todos os dias lhes são incutidos e que são a chave do vosso sucesso.”

A cerimónia prosseguiu com a imposição de diversas condecorações e o desfile das forças em parada.

O CTOE
O Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), (antigo Centro de Instrução de Operações Especiais até 2006), sediado na Cidade de Lamego, é uma unidade territorial do Exército Português destinada a formar tropas na área das Operações Não Convencionais. Contêm uma unidade operacional chamada Força de Operações Especiais (FOE), com um tamanho de duas companhias, que são popularmente chamados de Rangers, pois o primeiro instrutor do CTOE tinha tirado o curso de Ranger nos EUA. Algumas das suas missões são por exemplo: confronto de alvos de grande importância; destruição de defesas aéreas e terrestres inimigas, Resgate e Salvamento em Combate (CSAR), patrulhas em território inimigo, etc. A unidade pode ser infiltrada através de barco, helicoptero, pára-quedas ou mesmo a pé.

O CTOE engloba como sua sub-unidade operacional, a Força de Operações Especiais (FOpEsp), composta por elementos de operações especiais especializados em ações diretas e indiretas.

O CIOE foi criado em 16 de Abril de 1960, a partir do Regimento de Infantaria Nº 9 - que havia sido transferido para Lamego em 1839 - com o objectivo de formar unidades especializadas em contra-guerrilha, operações psicológicas e montanhismo. Para lá são enviadas companhias especialmente seleccionadas de vários regimentos que, depois de instruídas, são transformadas em Companhias de Caçadores Especiais. Essas companhias foram a principal força de intervenção do Exército Português, no início da Guerra do Ultramar.


O CTOE tem como divisa “QUE OS MUITOS, POR SER POUCOS, NÃO TEMAMOS” . (N. Vila Real)

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