O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, garantiu hoje, no Porto Santo, que as Forças Armadas "estão com total capacidade operacional".
"As Forças Armadas estão com total capacidade operacional para poderem intervir em cenários desta natureza", afirmou José Pedro Aguiar-Branco, que hoje acompanha o exercício "Lusitano 2013", que testa uma catástrofe natural e uma crise de segurança no arquipélago da Madeira, um dos maiores treinos dos últimos anos.
Para o governante, trata-se de um exercício "muito importante para mostrar a capacidade das Forças Armadas para situações de natureza excepcional, nomeadamente através da intervenção da Força de Reacção Imediata".
"É um exercício que envolve meios dos três ramos das Forças Armadas e que mostra que quando é necessário intervir num cenário real, é por força de muito treino que é feito antes e que esse treino é que permite que, no momento certo, todos possamos aplaudir o resultado que as Forças Armadas conseguem e que dão tranquilidade e segurança aos portugueses", destacou o governante, que expressou "muito apreço" ao chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas (CEMGFA), "primeiro rosto desta operação".
Mil militares participam desde segunda-feira no exercício, da responsabilidade do chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, e que envolve ainda outros Departamentos do Estado, além do Ministério da Defesa Nacional, e do Serviço Regional de Protecção Civil.
O presidente do Governo Regional da Madeira, que acompanhou o ministro na deslocação ao Porto Santo, assim como as mais altas patentes militares do país e o Representante da República para a região, declarou-se "satisfeito" com o trabalho que viu.
"Seja em situações de catástrofe, seja em situação de agressão à região, isto demonstra que o povo madeirense se pode sentir seguro. Portanto fico satisfeito com tudo o que seja melhorar as condições de segurança e de defesa", declarou Alberto João Jardim, escusando-se a comentar a manifestação de quinta-feira das forças de segurança interna, em Lisboa, por não concordar "com a política que está a ser levada a cabo neste país".
O cenário do exercício, que obrigou à intervenção das Forças Armadas por determinação governamental, inclui uma ameaça transnacional no Porto Santo e uma catástrofe natural na Madeira, além de uma forte tempestade que afecta ambas as ilhas.
Integra, também, o pedido de um navio conotado com uma organização criminosa para atracar no Porto Santo e, ainda nesta ilha, uma aterragem não autorizada de um avião suspeito e a tomada de assalto das infra-estruturas aeroportuárias com reféns militares e civis nacionais.
O exercício, que termina no dia 27, treina a projecção de forças, operação aerotransportada, desembarque anfíbio, operações especiais, tomada de objectivos, resgate de reféns e patrulhamentos.
Controlo do mar, apoio logístico e sustentação, controlo aéreo, apoio à protecção civil, ajuda humanitária e cooperação civil militar são outras das acções previstas. Lusa/SOL
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