2 de junho de 2014

Famalicão inaugurou Monumento às Mães e aos Combatentes do Ultramar

A Secretária de Estado da Defesa Nacional, Berta Cabral, anunciou ontem em Vila Nova de Famalicão, a criação de um grupo de trabalho para acelerar os processos de qualificação dos antigos combatentes do ultramar.

O anúncio foi feito no decorrer da cerimónia de inauguração do Monumento às Mães e aos Combatentes do Ultramar, situado junto à capela de Santa Ana, na freguesia famalicense de Ribeirão. “Admitimos mais juristas para dar mais celeridade aos processos, porque ainda há muitos em atraso. Foi criado um grupo de trabalho para dar impulso aos processos de qualificação, que pensamos que estejam concluídos até ao final da legislatura”, explicou Berta Cabral. Ao todo estão pendentes cerca de dois mil processos.

A governante acrescentou que “o Estado tem obrigação de respeitar estes homens e não se deve limitar aos apoios sociais dos cerca de 13 mil beneficiários”. Nesse sentido Berta Cabral prometeu realizar actividades em conjunto com a Liga dos Combatentes (LC), nomeadamente nas comemorações nacionais do centenário da I Guerra Mundial.

A notícia da celeridade nos processos da qualificação foi bem acolhida pelo presidente da LC. O general Chito Rodrigues reconheceu o empenho do Governo , mas

adiantou que “esperamos que as diligências resultem no bom sentido e que os que têm direito a esses apoios sejam reconhecidos. Justiça seja feita. Quem é responsável pelo país está a fazer uma leitura correcta da situação.”

Sobre a inauguração do monumento, o presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, Paulo Cunha, referiu que “é um verdadeiro memorial que dignifica os combatentes”, mas foi mais longe: “Também hoje é preciso convocar os portugueses para que tenham o cuidado de defender a nossa nação.”

O monumento, da autoria do escultor Salvador Vieira, retrata o sofrimento das mães de Ribeirão que viram os seus filhos partir para guerra do ultramar e o regresso de muitos militares a casa.

“A pátria exigia que os seus filhos a protegessem. Foi um sacrifício enorme para as famílias dos militares e muitos tombaram heroicamente. Perdemos tudo com outro tipo de combate” referiu José Ferreira dos Santos, presidente do Núcleo de Ribeirão da LC, aludindo assim à situação precária em que se encontram antigos combatentes e respectivas famílias.

A cerimónia de inauguração foi antecedida de uma missa e de um romagem ao cemitério, em memória dos combatentes falecidos. (Diário Minho)

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