O regime de Pyongyang confirmou, embora não oficialmente, a purga feita ao seu ex-ministro da Defesa, Hyon Yong Chol, dois meses depois de os serviços de informação da Coreia do Sul terem revelado a sua execução por deslealdade ao líder supremo do país, Kim Jong Un.
Segundo Seul, o ex-ministro foi apanhado a dormir durante uma parada militar e nos últimos meses tinha questionado algumas políticas oficiais do governo norte-coreano.
Esta manhã, a agência de notícias da Coreia do Norte, KCNA, revelou que o novo chefe do Exército Popular da Coreia do Norte é Pak Yong-sik, uma figura com pouco currículo político e praticamente um desconhecido no estrangeiro. Há menos de um mês foi nomeado general de quatro estrelas, um ato que levou os especialistas a apontá-lo como sucessor de Hyon Yong Chol.
Desde a chegada ao poder de Kim Jong-un, em 2011, a pasta da Defesa mudou de mãos por cinco vezes, o que tem levantado muita especulação sobre a estabilidade do regime ditatorial.
No mesmo comunicado da KCNA o nome do ex-ministro executado não é mencionado, mas a revelação sobre a identidade de um novo homem forte nas forças armadas norte-coreanas é um sinal de que o regime já fez a sua 'limpeza'. O porta-voz do Governo sul-coreano Jeong Joon-Hee disse aos jornalistas que este facto confirma a substituição e purga de Hyon Yong Chol.
Estima-se que 70 oficiais norte coreanos tenham sido executados desde 2011. O caso mais mediático foi o do assassínio de Jang Song Thaek, então número dois do Governo e tio de Kim Jong-un, executado por alegada traição ao país. (Expresso)
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