19 de junho de 2017

Reconfiguração do C-295M traz mais eficiência

A frota C-295M, fruto das suas capacidades, tem vindo a ser solicitada para uma multiplicidade de diferentes tipos de missões, como sejam transportes aeromédicos, busca e salvamento, vigilância marítima, lançamentos de tropas aerotransportadas, transporte aéreo-táctico, aéreo-geral e de altas entidades. Estas missões exigem configurações especificas, muitas vezes decididas muito próximo da execução da missão, o que vinha colocando muita pressão e aumento da carga de trabalho nesta área, com recurso a muito trabalho para além das horas normais de serviço.

A análise detalhada da situação vivida permitiu identificar os principais problemas com este processo, nomeadamente: lacunas no planeamento, na comunicação interna e externa, bem como diversos desperdícios na reconfiguração das aeronaves propriamente ditas, excessos de deslocações das equipas, transporte de ferramentas e equipamentos e baixa normalização do processo.

Na construção da situação futura deste processo usou-se a metodologia “Lean”, no sentido de ser alcançado um processo com o mínimo desperdício possível e o menor número de recursos envolvidos.

Um novo processo de planeamento passará a balancear as necessidades mensais com a capacidade existente, no sentido de reduzir as variações ao planeamento ao máximo de duas por semana. Em julho de 2017, será criada uma nova área de controlo da execução, que reunirá em simultâneo toda a informação, operacional e da manutenção, e demais elementos relativos à missão.

Em Junho de 2017, fora criada uma célula de configurações no melhor local possível (tipo “Pit Stop da Formula 1”), com as ferramentas e kits de material necessários, prontos a usar para reconfigurar as aeronaves, com recurso a gestão visual e checklists para rápida configuração.

Foi também decidido consoante o número de aeronaves disponíveis quais as configurações pré-definidas a usar em função da procura habitual.

O novo processo irá permitir reduzir as habituais 471 reconfigurações para cerca de 160 por ano, com redução de cerca de 50 % no tempo de execução, optimizando em cerca de 40 % o tempo dos militares envolvidos. (FAP)

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