A procissão mais antiga de Lisboa, e que marca uma forte tradição da ligação dos militares à cidade, percorreu este domingo, mais uma vez, as ruas da capital. O Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, Marcelo Rebelo de Sousa, o Ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, o Chefe do Estado-Maior-General das Forças Armadas, Almirante Silva Ribeiro, juntaram-se ao Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, e a muitas centenas de fiéis.
A devoção também conhecida como Procissão dos Artilheiros remonta a 1570, ano em que os artilheiros de São Sebastião instituíram a devoção e a procissão em honra da Senhora da Saúde para agradecer e assinalar o fim do surto de peste que assolou Lisboa.
Actualmente, a Procissão organizada pela Real irmandade da Nossa Senhora da Saúde sai da Ermida antes designada de São Sebastião, e percorre o centro histórico incorporando as imagens de Santa Bárbara, Santo António, São Sebastião e da Senhora da Saúde acompanhadas pelas bandas militares dos três Ramos das Forças Armadas e da Guarda Nacional Republicana.
Cabia aos oficiais da artilharia transportar aos ombros o andor com a imagem de Nossa Senhora, mas mantém-se a tradição da participação de forças militares dos três ramos das Forças Armadas e cavalaria da Guarda Nacional Republicana que emprestam uma imagem peculiar a esta popular procissão.
O Bispo Emérito dos Açores, D. António Braga, que participou na procissão, referiu-se na bênção aos “artilheiros defensores do Castelo e da Cidade” e enalteceu a “realidade multicultural” desta zona de Lisboa, onde se realiza a procissão, e a tolerância como “um bom pronúncio de um dia feliz”. (Defesa)
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