15 de setembro de 2010

Armada portuguesa disposta a reforçar cooperação com componente naval das forças timorenses

O Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA), almirante Melo Gomes, afirmou hoje a disponibilidade portuguesa para reforçar as relações com a componente naval das Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL).

“Tenho muito gosto em estar aqui em Timor-Leste e visitar a componente naval das F-FDTL e o meu objetivo é incrementar as relações da Marinha Portuguesa com a componente naval”, afirmou, à chegada a Díli.

A visita do Chefe do Estado-Maior da Armada coincide com o fim do primeiro curso de fuzileiros navais e do terceiro curso de especialidades da Marinha, ministrados ao abrigo da cooperação bilateral.

“A aposta na formação é uma aposta estrutural. São as coisas que ficam: as ligações que os homens estabelecem, os meios que ficam operacionais, toda a componente técnica que se apoia. Mais importante do que simplesmente estar, é permanecer”, comentou, a propósito do apoio que a Marinha Portuguesa tem dado à formação dos efetivos da componente naval das F-FDTL.

O diálogo com as autoridades timorenses para reforçar a cooperação tem ainda a seu favor o conhecimento mútuo, conforme referiu.

“Tenho ligações há muitos anos com o comandante da componente naval, Donaciano Gomes, e conhecemo-nos bem”, explicou.

Quanto a novas áreas de cooperação, o almirante português sublinhou que cabe a Timor-Leste, como país independente e soberano, decidir.

“Estamos dispostos a considerar, pelos canais próprios, tudo aquilo em que as autoridades, ao nível político, queiram e a Marinha depois terá todo o gosto em cooperar”, disse.

No âmbito da cooperação técnico-militar entre os dois países, decorre desde maio o 3.º Curso de Formação de Especialidades da Componente Naval e o 1.º Curso de Fuzileiros, para o que têm permanecido em Timor-Leste equipas de formadores da Marinha Portuguesa.

As duas primeiras embarcações da Componente Naval da Força de Defesa de Timor-Leste, que recentemente se reapetrechou com dois navios-patrulha encomendados à China, foram as duas lanchas de fiscalização 'Albatroz' e 'Açor', cujo processo de abate havia sido iniciado em 2001.(Correio do Minho)

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