“Juntos somos melhores, somos mais fortes, venceremos os obstáculos que se nos depararam, como sempre o fizemos ao longo da nossa história”, frisou, durante as cerimónias que assinalaram os 50 anos das Operações Especiais e os 171 anos de presença militar ininterrupta em Lamego.
Cavaco Silva lembrou que, com a evolução do contexto estratégico internacional, houve necessidade de “criar uma unidade militar do Exército que dominasse com mestria as novas capacidades exigidas no âmbito das operações especiais e, particularmente, no da contra-subvenção”, tendo em 1960 surgido o Centro de Instrução de Operações Especiais.
Lembrou que o Centro de Instrução de Operações Especiais, actualmente chamado de Centro de Tropas de Operações Especiais (CTOE), participou nas operações que levaram à “restauração da democracia em Portugal”, em Abril de 1974, e que, no passado recente, a sua actividade “continuou a ser notória”, nomeadamente “em operações de evacuação de cidadãos nacionais e de apoio à paz”.
“Intensa formação e treino, ministrados por quadros competentes e com grande motivação, permitiram criar e manter um corpo de tropas de elite altamente especializado e de elevadíssima prontidão”, frisou.
Na sua opinião, trata-se de “um instrumento de grande valia ao dispor da defesa nacional e da política externa portuguesa, com provas sobejamente dadas em combate e teatros de operações de elevado risco”.
“Na Guiné, no Senegal, em Cabo Verde, na República do Congo, em S. Tomé, nas Bósnia-Herzegovina, no Kosovo e em Timor-Leste, entre outros locais, esta unidade tem estado sempre presente onde quer que Portugal dela precise”, frisou.
Foi por entender que este grupo de militares “cumpre o seu dever com coragem, determinação e patriotismo” que o Presidente da República considerou justo conceder ao CTOE o título de membro honorário da Ordem Militar de Avis.
“Sendo o valor e o profissionalismo das Forças Armadas largamente reconhecidos pelos portugueses, Lamego é um dos melhores exemplos de grande afinidade da instituição castrense com a população e as autoridades locais”, acrescentou.
Na opinião de Cavaco Silva, em Lamego “percebem-se as Forças Armadas como aquilo que na realidade são: não um corpo estranho à sociedade, mas antes parte integrante do povo de que emanam”.(Público)
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