As Forças Armadas Portuguesas vão ter vários meios empenhados na segurança da Cimeira da NATO em Lisboa, nos próximos dioas 19 e 20 de Novembro, incluindo uma fragata, caças F-16 para policiamento aéreo e meios de guerra de informação.
Para a cimeira de chefes de Estado e de Governo, que reunirá em Lisboa mais de cinco mil pessoas e trará pela primeira vez a Portugal o presidente norte-americano, Barack Obama, partiram do gabinete do secretário-geral do Sistema de Segurança Interna, Mário Mendes, várias solicitações para os três ramos.
Fonte ligada à organização da cimeira citada pela Agência Lusa que as bases da Força Aérea Portuguesa estarão disponíveis para receber delegações oficiais e para ter estacionadas várias aeronaves já que "o aeroporto da Portela não tem capacidade para todas estas aeronaves".
O ramo assegurará também a segurança do espaço aéreo português com caças F-16, em conjugação com o Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC).
Já a Marinha Portuguesa terá, à semelhança de outros eventos deste tipo, um dispositivo com meios da Autoridade Marítima e da esquadra, prevendo-se a utilização de uma fragata - um navio com grande capacidade de comando e controlo (para além de possuírem helicópteros Lynx) -, de mergulhadores, para fiscalização e buscas no rio Tejo, e de lanchas.
Por seu lado, o Exército tem já no terreno vários militares de Engenharia a assegurar terraplanagens para a construção de um heliporto junto à FIL e de um parque para viaturas oficiais da cimeira.
O dispositivo de guerra da informação, proveniente do Regimento de Transmissões, será também "essencial para bloqueio e pesquisa" de eventuais ameaças, disse à agência Lusa o presidente do Observatório para a Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo (OSCOT), José Manuel Anes.
Esta unidade do Exército terá como uma das responsabilidades travar a activação de engenhos explosivos por telefone no perímetro da cimeira.
Apesar de identificar os "grupos anarquistas violentos vindos do estrangeiro" como principal factor de instabilidade durante a cimeira da Aliança Atlântica, José Manuel Anes considerou que a maior ameaça potencial num evento deste tipo e com altas individualidades mundiais provém da "ameaça islamita que tem aumentado nos últimos anos".
Este especialista em questões ligadas ao terrorismo referiu que a articulação entre Forças Armadas e forças de Segurança Interna será um dos desafios colocados à organização portuguesa e, embora reconhecendo resistências na cooperação em determinados casos, Anes sublinhou que "nas situações-limite" os responsáveis portugueses se "portam bem".(JN)
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