O primeiro dos seis navios de patrulha oceânica (NPO) encomendados pela Marinha portuguesa aos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC) entra em provas de mar na próxima semana, mas a data de entrega ainda não está definida.
A informação foi ontem avançada à Lusa pelo presidente do Conselho de Administração dos ENVC, Carlos Veiga Anjos, que adiantou que a data de entrega só poderá ser definida após conhecidos os resultados das provas de mar.
Depois de vários adiamentos, o Ministério da Defesa Nacional tinha anunciado para Janeiro de 2010 a entrega do primeiro NPO e para seis meses mais tarde a do segundo, mas ambos ainda continuam nos ENVC.
Em finais de Setembro, o coordenador da Comissão de Trabalhadores dos ENVC, António Barbosa, anunciou que o primeiro NPO seria entregue até ao final deste ano. Ontem, Veiga Anjos apenas disse à Lusa que "a data ainda não está definida, tudo vai depender dos resultados das provas de mar". Em Março de 2009, a Marinha portuguesa assinou com os ENVC contratos para a construção, ao longo de cinco anos, de navios e lanchas, cujo valor ascende a 500 milhões de euros.
Os contratos dizem respeito à construção de seis NPO, dois navios de combate à poluição e cinco lanchas de fiscalização costeira, com possibilidade de opção por mais três. Os NPO vão substituir as corvetas da classe João Coutinho, já com 40 anos de vida.
Ontem também foi notícia que o presidente executivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo, almirante Victor Gonçalves de Brito, que estava em funções há menos de cinco meses, pediu a demissão do cargo, informou o presidente do Conselho de Administração daquela empresa.
Carlos Veiga Anjos disse à agência Lusa que a demissão de Victor Gonçalves de Brito foi comunicada através de uma carta, na qual "não aponta qualquer razão" para a saída, que se consumará no último dia deste mês.
O almirante Victor Gonçalves de Brito, ex-administrador do Arsenal do Alfeite, foi eleito a 5 de Julho presidente executivo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC). Pela sua experiência, era considerado um elemento muito importante para estabelecer a ligação entre os ENVC e a Marinha portuguesa, neste momento a principal cliente daquela empresa.(DN.M)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.