11 de maio de 2011

Nova lancha permite salvamentos mais rápidos



A apresentação do novo salva-vidas SR35, no valor de 150 mil euros, contou com a presença do director-geral da Autoridade Marítima, o vice-almirante Cunha Lopes, que, no seu discurso salientou: "esta é a primeira das cinco embarcações salva-vidas e insere-se num significativo reforço do investimento que se decidiu operar no dispositivo de salvamento marítimo, onde os membros do ISN, enquanto direcção técnica para o salvamento e socorros a náufragos assumem um papel fundamental".

Cunha Lopes defendeu que as embarcações foram "concebidas e construídas para o emprego operacional específico do salvamento marítimo" e que esta, "mais ágil e de alta velocidade, responde a exigências de intervenção imediata a chamadas de socorro".

Face aos constrangimentos existentes a nível de pessoal, Cunha Lopes, entendeu que será preciso "aprofundar formas que permitam uma racionalização de recursos no sentido de assumir um outro paradigma das estruturas existentes às características das embarcações que dotam as estações".

O objectivo prende-se com "manter uma estrutura que garanta actuações mais ágeis e eficazes e respostas prontas, garantindo uma resposta imediata 24horas por dia".

Cunha Lopes lembrou também a importância de preservar a vida humana e alertou a todos os utilizadores do mar, por motivos profissionais, desporto ou lazer, "assumam novas atitudes e comportamentos que assegurem uma cultura de segurança", respeitando o mar.

Dispositivo suficiente para responder aos apelos



Por sua vez, o comandante Silva Rocha confessou que, com a nova embarcação, a juntar à existente, um salva-vidas de grande capacidade, duas embarcações semi-rígidas de média capacidade e outra de média capacidade em Vila do Conde, fica com um "dispositivo suficiente para dar assistência, por exemplo, no período de época balnear".

Inserida no projecto que se destina a dotar as estações salva-vidas com uma capacidade, de meios e pessoal para dar resposta 24horas, a nova embarcação, que foi pedida em 2009, "conduz a que consigamos concretizar este objectivo a médio prazo", disse o comandante.

Silva Rocha lembrou que esta embarcação não se destina apenas a uma área, mas sim às estações de Póvoa, Vila do Conde e Vila Chã, onde o efectivo actual não está preenchido, tendo três na Póvoa, dois em Vila do Conde e um em Vila Chã, num total de seis equipas que garantem o salvamento durante 24horas, actuando em turnos.

José Festas apela ao aumento de pessoas a dar assistência

Presente na entrega desta embarcação, esteve José Festas, presidente da Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar, que considerou importante a vinda deste equipamento, mas espera ainda que um dia seja possível manter a vigilância durante as 24 horas, facto que ainda não ocorre.

O presidente da APMSHM defendeu que as três estações se deviam concentrar apenas numa, na Póvoa. "Com esta embarcação, em 5 minutos estamos no porto de Vila do Conde ou a sul, em Vila Chã".

José Festas considerou igualmente importante o aumento do número de pessoas para os salvamentos, sobretudo homens com menos de 50 anos. "Era importante que esses homens, acima de cinquenta anos, ficassem em terra, porque a mobilidade de um homem de 20-30 anos, não é a mesma que um com 50", acrescentando que "o ISN precisaria de, pelo menos, entre 60-70 homens para ver o seu reforço".

Consciente da dificuldade que o país atravessa actualmente, José Festas defendeu: "nos recursos para salvar vidas não devíamos ter limites". (Expresso)

Sem comentários:

Enviar um comentário

Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.