"É um balanço positivo. São seis anos, 13 contingentes de trabalho árduo num local longínquo de Portugal e que foi amplamente reconhecido quer por timorenses, quer pela comunidade internacional", afirmou o capitão Jorge Barradas.
O capitão participou em missões da GNR em Timor-Leste em 2001, integradas na Administração Transitória da ONU no país, e entre 2006 e 2012, no âmbito da Missão Integrada da ONU (UNMIT), criadas na sequência da crise política e militar que provocou a implosão da polícia timorense, milhares de deslocados e dezenas de mortos.
O Governo timorense e a ONU decidiram terminar aquela missão de manutenção de paz em Dezembro próximo, pondo fim à presença de forças de segurança e defesa estrangeiras no país.
Questionado pela agência Lusa se a Polícia Nacional de Timor-Leste está preparada para desempenhar funções sem a ONU na retaguarda, o capitão Jorge Barradas respondeu que a força de segurança timorense tem a qualificação técnica para o desempenho das funções.
"Resta-lhes agora adaptaram-se às situações. Naturalmente que a população também vai ter que colaborar nessa matéria porque a polícia não resolve tudo e nesse aspecto acho que os erros cometidos em 2006 não se vão repetir", salientou.
Num balanço dos momentos mais marcantes dos últimos seis anos, o comandante destacou a chegada do primeiro contingente a Timor-Leste e a tentativa de assassínio do ex-Presidente José Ramos-Horta, em 2008.
"Começa pela chegada do primeiro contingente ainda antes das Nações Unidas, cerca de uma semana após o conflito, e a solução quase imediata do problema juntamente com as forças internacionais", afirmou.
"Temos ainda a salientar a ocorrência de 2008 com a tentativa de assassínio do ex-Presidente José Ramos-Horta, onde mais uma vez a Guarda teve um papel determinante na solução pacífica dos acontecimentos", acrescentou.
Às dúvidas dos timorenses, que questionam constantemente os militares sobre se ficam ou vão, o capitão português explica que a GNR continua na cooperação bilateral para efeitos de formação.
"A GNR que eles conhecem, deste quartel, que faz o patrulhamento, que apoia, quer na parte operacional, quer nas actividades humanitárias, que temos desenvolvido com alguma frequência, essa GNR vai-se embora", disse.
A GNR parte com saudades, mas segundo o capitão Jorge Barradas, "havia de haver um momento em que de facto os timorenses haveriam de ficar auto-suficientes como país independente que são".
A GNR regressa a casa em duas levas, na terça e na quinta-feira. (C.M)
Portugal deve orgulhar-se dos Militares da GNR, pelo optimo trabalho realizado neste e noutros TO (sem esquecer Portugal), pela boa imagem deixada em Timor e pela boa imagem deixada perante outra forças Militares e Policias.
ResponderEliminarE na minha humilde opinião os Militares das FA tambem se devem orgulhar dos Militares da GNR ãpesar de muitas vezes os considerarem Militares de segunda (sendo eles tão Militares como os Militares das FA)
PS: Meus parabens pelo Blog