Os 160 comandos portugueses que já estão em Bangui, capital da República Centro-Africana (RCA), partiram com prontidão de combate, apesar de terem sido enviados para uma missão de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).
É o próprio Exército a admiti-lo, conforme prova o contentor com 10 toneladas de munições que ontem foi carregado para o porão do avião Antonov, que descolou do Aeroporto Humberto Delgado para o país africano.
O voo de ontem, o oitavo de nove (o último está previsto para amanhã), levou 72 toneladas de material, entre armamento, viaturas, geradores e um hospital de campanha.
A missão, realizada no âmbito da força da ONU de manutenção de paz na RCA, foi criada após a saída da França daquele país africano.
"Está a ser a maior operação de projecção aérea de forças na história das Forças Armadas portuguesas", explicou ao CM o 1º sargento Espírito Santo.
A missão dos comandos, tal como o CM já noticiou, mereceu a reprovação dos Serviços de Informação de Defesa, que além de a considerarem perigosa, apontam também a falta de interesse estratégico.
Para os comandos, a missão prioritária é assegurar a paz. No entanto, ao que o CM apurou, o Exército tem consciência da instabilidade política da RCA, de que é exemplo as 25 mortes de soldados estrangeiros desde 2014. Por isso, além das munições, os comandos vão dotados de explosivos e armados com a pistola-metralhadora HK-MP5, com forte cadência de tiro. (CM)
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