17 de fevereiro de 2018

Ministro da Defesa "É tempo de olhar com mais atenção para a STRIKFORNATO"

O Ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, esteve reunido em Bruxelas, nos dias 14 e 15 de Fevereiro, com os Ministros da Defesa da NATO, na primeira reunião do Conselho do Atlântico Norte de 2018, e a penúltima antes da Cimeira de Bruxelas, que terá lugar em Julho. No final dos dois dias de trabalho, Azeredo Lopes destacou o olhar renovado para o Atlântico e os passos dados na modernização da Aliança a fim que esta esteja apta para enfrentar as ameaças actuais.

“Destacaria a consolidação do Hub de Nápoles e o comando do Atlântico, que diz bastante a Portugal. Temos defendido uma organização realmente a 360º. Era tempo, não só de enfrentar as questões, e as ameaças provindas do Sul, como também olhar de novo para o Atlântico”.

Sobre o novo comando do Atlântico, o Ministro da Defesa esclareceu que não se trata de um quartel-general, mas de uma unidade que deverá ter cerca de vinte pessoas. Explicou ainda que não há apresentação nem avaliação de candidaturas para o comando. Espera-se este venha trazer “robustez e maior eficiência no planeamento da organização agora que o Atlântico tem de novo um peso na reflexão estratégica sobre as ameaças”.

Portugal, garante Azeredo Lopes, expressou que independentemente da localização do “novo comando do Atlântico, é tempo de olhar com mais atenção para uma estrutura que temos entre nós, a STRIKFORNATO, em Oeiras, que está perfeitamente virada para o Atlântico e que preenche perfeitamente uma vocação, ou de articulação com o futuro comando, ou de um qualquer reforço das suas responsabilidades”.

PARTILHA DE RESPONSABILIDADES

O compromisso assumido pelos Estados-Membros da partilha de esforços e de responsabilidades deve ser encarado numa perspectiva de dez anos (2014-2024) em três dimensões: os recursos financeiros alocados à defesa; a percentagem, dentro desses recursos, atribuídos à constituição e reforço de capacidades; e, em terceiro lugar, as contribuições, ou seja, “o papel de cada Estado na preservação ou na construção da Paz”, disse Azeredo Lopes.

Para o Ministro, Portugal tem motivos de orgulho nestas matérias visto que “tem um papel desproporcionadamente favorável. Só no ano passado — e este ano ainda vamos reforçar esta dimensão — estiveram envolvidos em missões no exterior mais de 500 militares por dia. O que significa uma média muito forte para Portugal”.

Ao nível das capacidades, Azeredo Lopes afirmou ainda que no decurso deste ano será revista a Lei de Programação Militar “sendo a nossa aposta principal no reforço de capacidades”. (Defesa)

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