O ministro da Defesa Nacional, José Azeredo Lopes, esteve terça-feira, dia 22 de maio, na Base Aérea Nº 11 (BA11), em Beja, onde assistiu de perto ao maior exercício de helicópteros da Europa, o HOT BLADE 2018, envolvendo militares de Portugal, Bélgica, Alemanha, Hungria, Holanda e Eslovénia e observadores de diversos países como Timor-Leste, Guiné-Bissau, Rússia, Espanha e China.
O HOT BLADE 2018 incluiu missões de Busca e Salvamento em Combate, Assalto Aéreo, Extracção de Não-Combatentes e Operações Especiais durante as quais se pretendeu reproduzir um ambiente realista tão próximo quanto possível dos teatros de operações actuais, devidamente adaptado às necessidades de treino das várias forças armadas participantes.
O exercício que decorreu entre 9 e 23 de Maio, insere-se no programa de treino de helicópteros da Agência Europeia de Defesa (EDA), e movimentou na BA11 cerca de 1200 militares e 29 aeronaves, tendo Portugal, enquanto país anfitrião, contribuído com helicópteros EH-101 MERLIN e ALOUETTE III da Força Aérea e vários meios do Exército.
Em declarações aos jornalistas no final do exercício, o ministro da Defesa Nacional relembrou que a EDA quer instalar um Centro Multinacional de Treino de Helicópteros no continente europeu e lembrou que Portugal mostrou, “há mais de um ano e meio”, disponibilidade e vontade para acolher esta infraestrutura na Base Aérea Nº 1 (BA1), em Sintra.
Por enquanto, a candidatura de Portugal “é a única consolidada”, o que indica que “soubemos convencer os nossos amigos e aliados” de que é uma “solução boa” para a instalação do centro, disse Azeredo Lopes.
Segundo o ministro, “à luz da distribuição de capacidades e forças da Força Aérea Portuguesa”, a BA1 foi a escolhida por ser a Base que tem “as características mais adequadas” e onde faz “mais sentido” instalar o centro.
O ministro disse ainda que “agora, resta esperar pela tomada de decisão da EDA”, fazendo notar que se trata de “um processo que vai demorar algum tempo”.
O Chefe do Estado-Maior da Força Aérea (CEMFA), general Teixeira Rolo, que falou também aos jornalistas sobre este Centro, disse que Portugal é “o país que melhores condições ofereceu” à EDA e, portanto, “é expectável” que a candidatura portuguesa “tenha sucesso” e seja possível instalar o Centro, em Sintra.
Segundo o CEMFA, a escolha da Base Aérea Nº 1 “tem uma razão de ser”, ou seja, “este tipo de Centros, normalmente, tem que estar o mais próximo possível das capitais dos países por questões logísticas”.
“Se tudo correr bem”, disse o general, a EDA estima que a capacidade inicial de operação (initial operational capability) do centro “acontecerá em 2021” e a capacidade final de operação (final operational capability) em 2022.
Para além do Ministro da Defesa, estiveram presentes no HOT BLADE 2018 o Chefe de Estado-Maior da Força Aérea, General Teixeira Rolo, o Chefe de Estado-Maior do Exército, General Rovisco Duarte, o Vice-Presidente da Comissão de Defesa Nacional, Miranda Calha, o Comandante Aéreo, Tenente-General Joaquim Borrego, o Comandante da BA11, Coronel Fernando Costa, o Coordenador do Exercício, Tenente-Coronel João Rosa e o Representante da Agência Europeia de Defesa, Brigadeiro-General Roland van Reybroeck. (Defesa)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.