Os militares embarcados na FNP estão 24 horas por dia em operação, com o objectivo de cumprir com um minucioso esquema de exercícios e treinos que envolvem acções em conjunto, integrando diversos navios e equipas, e acções de forma individual.
A bordo, as guarnições dos navios cumprem um treino interno de combate a incêndios e alagamentos, acções em caso de homem ao mar, exercícios de disparo de fachos de socorro, avarias da instalação propulsora, entre outros. Os cerca de 200 militares de ambas as fragatas da Força (NRP Corte-Real e NRP Álvares Cabral) treinaram ainda o procedimento de Action Messing, uma acção logisticamente complexa, na qual as guarnições devem garantir que tomam uma refeição quente num período máximo de 30 minutos, o tempo limite que lhes é importo para não comprometer a capacidade combatente.
Os navios devem também realizar que simulem um elevado grau de risco. Nos últimos dias foi efectuado um reabastecimento no mar com duas fragatas em simultâneo, designado de reabastecimento duplo, com uma fragata em cada bordo do navio reabastecedor. Numa vertente táctica foram também efectuados treinos de abordagem a navios, nomeadamente exercícios de inserção vertical, por Fast Rope do helicóptero Lynx, das equipas de segurança dos Fuzileiros, em todos os navios da Força.
No âmbito do treino de força foi realizado um exercício de defesa próxima a um navio mercante – escolta em proximidade - no qual se pretendeu treinar as perícias em navegar sob ameaça externa, escoltando um navio de elevado valor (High Value Unit ) utilizando, para tal, o próprio escolta como proteção. Este é um exercício de elevado risco devido à proximidade e velocidade com que se executa, aliado ao curto tempo de reacção exigido.
O NRP Corte-Real efectuou também, num âmbito de treino, um lançamento de chaff – uma contramedida passiva de guerra electrónica, que visa proteger os navios de ataques de misseis. Assim, são lançadas, em altitude, milhares de palhetas metálicas com o objectivo de criar um eco radar maior do que o navio, de forma a que o míssil em aproximação seja engodado para a nuvem do chaff, em vez do navio. O disparo foi efectuado com sucesso e a Força Naval foi protegida.
Neste exercício, o Comandante da Força Naval Portuguesa e o respectivo Estado-Maior testaram, pela primeira vez, a utilização de uma nova consola de apoio à decisão instalada no Centro de Operações do NRP Corte Real, assegurando assim um conhecimento e controlo situacional dos navios da força e auxiliando no processo de tomada de decisão.
A FNP é constituída pela fragata Corte-Real como navio-chefe, pela fragata Álvares Cabral, pelo navio reabastecedor Bérrio e pela corveta António Enes, e é comandada pelo Capitão-de-mar-e-guerra Diogo Arroteia. (MGP)
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