O contratorpedeiro Type 055 terá o dobro do poder de fogo dos Type 052D da China, que actualmente são "o maior e mais poderoso combatente de superfície contratado pela Marinha do Exército de Libertação Popular”, avançou o jornal China Daily.
Os novos navios de guerra têm também um design discreto e um sistema electrónico de gestão de batalha para integrar grupos de porta-aviões chineses.
O duplo lançamento mostra a capacidade de construção naval de Pequim. Além disso, demonstra o desejo de projectar o poder naval para além das costas chinesas, disse Timothy Heath, analista da Rand Corp., e outros peritos.
A China diz que cada novo navio de guerra terá 112 tubos de lançamento vertical, a partir dos quais poderá disparar mísseis de longo alcance. Será equivalente ao míssil Tomahawk da Marinha dos Estados Unidos, que foi usado nos ataques contra alvos da Síria no início deste ano.
"Este navio foi projectado para acompanhar os porta-aviões chineses para regiões mais distantes, como o Médio Oriente", assinalou ainda Timothy Heath.
Demonstração de força
"Os Type 55A são grandes, muito grandes. Os navios são uma demonstração do poder, do prestígio e da majestade do Estado chinês e do partido no poder", disse Peter Layton, ex-militar australiano e agora membro do Instituto Griffith Asia.
Manter duas linhas de produção simultâneas para um modelo de navio, especialmente no mesmo estaleiro, é dispendioso. No entanto, "a China pagará o que for necessário para que sejam concluídos num prazo específico", disse Heath.
O duplo lançamento de 3 de Julho mostrou aos Estados Unidos e respectivos aliados asiáticos - e na verdade ao mundo inteiro - aquilo que podem esperar de Pequim nos próximos tempos.
"A maioria dos países, incluindo os Estados Unidos, geralmente lança um navio de cada vez, devido à capacidade limitada de fabricação de estaleiros", afirmou Heath.
Em comparação com os navios de guerra norte-americanos ou sul-coreanos, os novos navios chineses conseguem deslocar cerca de três mil toneladas a mais. (RTP)
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