“Peço-vos que representem o vosso país com honra, brio e profissionalismo” foram as palavras de despedida do general Raul Cunha ao contingente militar português que esta manhã partiu para integrar as forças da NATO no Kosovo.
“O que de bom ou de mau fizerem reflecte-se em Portugal”, afirmou o general comandante da Brigada de Reacção Rápida, apelando aos 154 homens que “não se deslumbrem, façam uma vida regrada e com calma”, além de aconselhar que “poupem o dinheirinho da missão”.
O cabo Sandro Ferreira é a primeira e a última vez que parte numa missão internacional, porque a sua ligação ao Exército termina daqui a seis meses, “o regime de contrato estava em nove anos, depois baixou para sete, pelo que é só o tempo da missão chegar a Portugal e sair da tropa”.
O militar garante, no entanto, que “apesar de ir embora voltaria a fazer tudo de novo”, desde que entrou no Exército “já sabia as regras, mas leva a mística paraquedista que não consegue explicar”.
A socorrista páraquedista, Rosa Machado, que pela primeira vez integra uma missão internacional, tem por trabalho socorrer quem se “aleija durante os saltos de paraquedas”, mas no Kosovo faz votos para que “não seja necessário fazer nada aos militares”.
O comandante do contingente, tenente-coronel Paulo Abreu, explicou à agência Lusa que esta missão de paz das Nações Unidas, no âmbito da Nato, incumbiu os militares portugueses de “patrulhar, manter a segurança, além de uma reserva táctica da KFOR no Kosovo”.
“É um trabalho de continuidade das forças nacionais destacadas naquele território”, mas apesar de o “baixo risco que o teatro de operações do Kosovo apresenta neste momento, numa missão militar existem sempre imponderáveis”.
“O Kosovo está calmo e estável, embora volátil. No entanto, este batalhão está bem preparado e esteve em treino durante os últimos meses”, concluiu o tenente-coronel.
O avião com os militares paraquedistas partiu esta manhã, cerca das 09:30, do Aeródromo de Trânsito 1, de Figo Maduro, com destino a Pristina, sendo o primeiro grupo de um total de 294 homens, que ficam durante um período de seis meses no território do Kosovo.
Esta força, no total, é integrada por 29 oficiais, 56 sargentos e 209 soldados das Tropas Paraquedista, Cavalaria de Estremoz, militares de unidades da Madeira e de Leiria, de acordo com os dados fornecidos pelo Estado Maior General das Forças Armadas. (Público)
Sem comentários:
Enviar um comentário
Mensagens consideradas difamatórias ou que não se coadunem com os objectivos do blogue Defesa Nacional serão removidas.