Os dois submarinos da classe Tridente, comprados à Alemanha, representam para a Marinha Portuguesa «um salto qualitativo» relativamente aos antecessores, como novos sistemas de armas e maior autonomia, e permitem assegurar a capacidade submarina entre «30 a 40 anos».
O Tridente, o primeiro dos dois submarinos e que dá nome à classe, será recebido oficialmente pelo ministro da Defesa numa cerimónia no Alfeite, na quarta feira, e será, segundo a Armada, componente essencial para «o controlo de uma vasta área oceânica, acima dos quatro milhões de quilómetros quadrados, numa extensão equivalente a 80 por cento de toda a Europa».
«Os submarinos da classe Tridente proporcionam a Portugal capacidades únicas, que se prolongarão no futuro por um período de 30 a 40 anos e que servem em conjunto com outros meios navais e aéreos para exercer o controlo do seu espaço marítimo, ter um papel relevante no seu posicionamento internacional e contribuir para a sua segurança direta e alargada, assim como da dos seus aliados», refere a Marinha, na sua página da Internet (www.marinha.pt).
Com uma guarnição de 33 militares (a do Barracuda, o último submarino da anterior classe a ser abatido, era de 56), o Tridente pesa mais de duas mil toneladas (em imersão), tem quase 68 metros de comprimento e uma autonomia de 12 mil milhas, para além de vários sensores e um sistema de armas composto por mísseis de longo alcance mar-mar e mar-terra, torpedos de longo alcance, minas e armamento ligeiro para proteção própria quando a navegar à superfície.
«As suas características mais marcantes são o incremento extraordinário das suas capacidades furtivas e da sua autonomia em imersão, sem necessidade de carregar baterias», sublinha a Armada.
Os novos submarinos vêm também equipados com uma cabine que permite tomar banho a bordo, uma inovação em relação aos antigos Albacora e Barracuda, que começaram a operar na década de 60 e já não estão em atividade.
Segundo a Armada, os dois equipamentos têm «a vantagem de serem de construção modular, o que permitirá uma mais fácil modernização com menores custos traduzindo-se num indiscutível salto tecnológico e de manutenção na arma submarina».
O ramo conta que o segundo submarino adquirido por Portugal, o Arpão, chegue a Portugal durante o primeiro trimestre de 2011.
Diário Digital / Lusa
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