"Nunca nenhum transplante ficou por fazer por falta de transporte. É uma missão tão nobre que a colaboração está sempre garantida", assegura a coordenadora nacional de colheita de órgãos, Maria João Aguiar. A tarefa é normalmente assegurada pela Força Aérea, pela GNR e pelo INEM, que se encarregam de fazer chegar os órgãos aos hospitais onde estão os potenciais receptores.
O tempo de vida de um órgão varia. E se um rim consegue aguentar-se até 24 horas, o coração é aquele que tem a validade mais curta - apenas quatro horas. Por isso transportar um órgão humano - muitas vezes em viagens que implicam correr o país de Norte a Sul - é uma missão que precisa de ser cumprida a grande velocidade.
Em 2010, a Força Aérea foi responsável por 21 missões de transporte de órgãos no continente e nas ilhas, feitas pela mesma aeronave: a FALCON 50, que é operada pela esquadra 504 Linces.
Já a maior parte das missões a cargo da GNR acontecem de noite e em condições meteorológicas adversas - quando os meios aéreos estão limitados. As patrulhas, que pertencem ao dispositivo dos vários destacamentos de trânsito, são constituídas por dois militares, ao volante de carros quase sempre de gama média-alta.
Só no ano passado, a GNR realizou 179 transportes de órgãos, em missões que envolveram 356 militares e implicaram percorrer 38 420 quilómetros. A missão mais longa aconteceu dia 3 de Outubro de 2007, "quando uma patrulha percorreu mais de 920 quilómetros para fazer a ligação entre o Hospital de São José, de onde saiu à 1h45 da manhã, até ao Hospital de São João, no Porto, onde chegou às 4h15", recordam na força de segurança. (I)
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