No dia 3 de Maio, numa cerimónia que contou com a presença do Ministro da Defesa Nacional, Professor Doutor Augusto Santos Silva, foi ratificado um protocolo entre o Ministério da Defesa e a Universidade do Porto para o desenvolvimento de um programa de sistemas não tripulados para as Forças Armadas Portuguesas.
O novo programa assenta no assinalável êxito entretanto alcançado por projectos já no terreno, como o Projecto de Investigação e Tecnologia em Veículos Aéreos Não-Tripulados (PITVANT), da Força Aérea Portuguesa, e o Projecto do Sistema de Treino, Demonstração e Desenvolvimento de Conceitos de Operações com Múltiplos Veículos Submarinos Autónomos (SEACON), da Marinha de Guerra Portuguesa.
O PITVANT arrancou em 24 Novembro de 2008 e resulta de uma colaboração entre a Academia da Força Aérea e a Universidade do Porto (FEUP – Faculdade de Engenharia, Observatório Astronómico Prof. Manuel de Barros/Faculdade de Ciências e INEGI – Instituto de Engenharia Mecânica e Gestão Industrial). O PITVANT agrega ainda a colaboração da Universidade da Califórnia em Berkeley, da Universidade das Forças Armadas de Munique, da Agência de Defesa Sueca, da Honeywell (empresa norte-americana de aeronáutica) e da Embraer (empresa brasileira de aeronáutica).
No projecto PITVANT estuda-se a metodologia para a concepção, desenvolvimento e avaliação do controlo hierárquico de equipas de aeronaves militares não tripuladas semi-autónomas com elevado grau de fiabilidade de missão. As plataformas aéreas, projectadas e construídas na Academia da Força Aérea, têm vindo a ser operadas por uma equipa mista de elementos da Academia e da FEUP, totalizando já mais de 240 voos representando 90 horas de voo completamente autónomo.
O desenvolvimento do protocolo agora assinado potenciará o surgimento natural de sinergias importantes que darão um novo impulso ao investimento Nacional no sector dos sistemas não tripulados. Neste contexto, espera-se a rápida evolução do actual projecto PITVANT para um programa mais abrangente, que já inclua as vertentes de fabricação em série e de treino operacional, no sentido de dotar o País de sistemas não tripulados com características tecnológicas inovadoras. (F.A.P)
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